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Resumo do dia

Aluguel deve subir com juros altos e inflação, diz FGV

Em setembro, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar) avançou 0,30%, maior resultado desde junho

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alta do aluguel em 2025
Imagem: Andrii Yalanskyi/iStock

Até o final de 2025, a tendência dos preços de locação no país é de alta, como resultado dos juros elevados e inflação pressionada no setor. A análise é de Matheus Dias, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), ao comentar os dados do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar).

O Ivar acelerou de 0,28% para 0,30% de agosto para setembro, o maior resultado desde junho (1,02%). Apesar do aumento mensal, houve desaceleração de 4,08% para 4,04% na taxa em 12 meses.

“Foi um fator pontual [que levou à desaceleração do Ivar em 12 meses]”, afirmou Dias. Ele explica que o movimento ocorreu devido a uma retirada de taxa mensal elevada, da série histórica, referente a setembro do ano passado.

Naquela época, o Ivar do Rio Grande do Sul (uma das quatro capitais pesquisadas para cálculo do indicador), estava alto demais, já que o estado passou por crise climática com destruição de edificações, elevando o preço de locação por lá e impulsionando o indicador como um todo.

Rio de Janeiro lidera alta dos aluguéis entre capitais

De agosto para setembro, o Ivar acelerou em três das quatro capitais pesquisadas. No Rio de Janeiro, os preços avançaram de 0,27% para 1,02%, a maior alta entre as capitais. Em Belo Horizonte, os aluguéis subiram de 0,40% para 0,55%. Em São Paulo, a variação passou de 0,06% para 0,37%. Porto Alegre foi exceção, com queda de 0,40% após subir 0,59% em agosto.

Na taxa em 12 meses, Belo Horizonte teve maior aceleração, saltando de 7,93% em agosto para 9,01% em setembro. São Paulo passou de 1,82% para 2,69%. No Rio de Janeiro, a taxa acumulada foi de 3,82% para 4,29%. Porto Alegre desacelerou 2,51 pontos percentuais, de 4,56% para 2,05%.

Selic a 15% pressiona demanda por locação

De acordo com Matheus Dias, a inflação no setor opera pressionada. Além do Ivar elevado, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acelerou de 0,31% em julho para 0,79% em agosto.

O contexto macroeconômico também influencia. A taxa básica de juros (Selic) opera a 15% ao ano, maior patamar desde 2006. “Como os juros estão elevados, os que desejam comprar imóvel via financiamento adiam a decisão e se voltam para alugar”, explicou. Isso eleva a demanda por locação e pressiona os preços para cima.

*Com informações de Valor Econômico

Marcela Guimaraes
Marcela Guimarães

editora/redatora

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)