Veja o resumo da noticia
- Aluguel residencial acumula alta de 8,70% até novembro de 2025, superando a valorização de imóveis para compra no mesmo período.
- A variação dos aluguéis é mais que o dobro da inflação oficial, enquanto o IGP-M, usado para reajustes, apresentou queda.
- Todas as 22 capitais analisadas registraram aumento no valor do aluguel, com destaque para cidades nordestinas.
- Aracaju lidera o ranking de valorização, seguida por Teresina, Belém, João Pessoa e Vitória, impulsionadas por juros altos.
- Juros altos e escassez de recursos para financiamento imobiliário aumentam a demanda por locação de imóveis.
- Bom desempenho do mercado de trabalho e baixa taxa de desocupação contribuem para absorção dos repasses nos aluguéis.

O preço do aluguel residencial acumulou alta de 8,70% entre janeiro e novembro de 2025 e supera a valorização de 6,22% dos imóveis para compra no mesmo período. Os dados são da pesquisa mensal FipeZap divulgada nesta quinta-feira (11).
A variação dos aluguéis é mais que o dobro da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou 3,92% no período. Já o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), tradicionalmente usado para reajustar contratos de locação, apresentou queda de 1,03% também entre janeiro e novembro.
Nordeste concentra maiores altas
De acordo com o levantamento, todas as 22 capitais analisadas registraram aumento no valor do aluguel neste ano. Entre as dez maiores valorizações, cinco ocorreram em cidades nordestinas.
A capital sergipana Aracaju lidera o ranking com alta de 21,04% nos preços do aluguel. Em segundo lugar está Teresina (PI), com valorização de 19,57%, seguida por Belém (15,54%), João Pessoa (14,36%) e Vitória (13,24%).
As capitais Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Curitiba (PR) completam o ‘top 10’ no país.
Juro alto impulsiona demanda por locação
Os altos juros de financiamento imobiliário e a escassez de recursos da poupança tornaram a aquisição de imóvel mais desafiadora, avalia a economista Gabriela Domingos.
Por outro lado, a especialista em inteligência de mercado do Grupo OLX, responsável pelo levantamento, destaca o bom desempenho do mercado de trabalho e a baixa taxa de desocupação.
“Com mais pessoas empregadas, os repasses pedidos pelos proprietários dos imóveis podem ser absorvidos pelos potenciais inquilinos”, explica.
O FipeZap acompanha preços de locação de apartamentos prontos em 36 cidades brasileiras, com base em anúncios veiculados na internet.
*Com informações de Valor Investe

