Veja o resumo da noticia

  • Incorporadoras e construtoras miram cidades do interior paulista, com Americana liderando a busca por terrenos em 2025, seguida por Campinas e Araraquara.
  • A demanda por terrenos no interior se concentra em casas e loteamentos, especialmente de alto padrão, contrastando com a preferência por prédios na capital.
  • Proprietários de terrenos flexibilizam negociações devido à alta taxa de juros, facilitando o fechamento de negócios, principalmente em cidades médias.
  • A aprovação de loteamentos pode levar até cinco anos, enquanto a negociação de terrenos demora cerca de seis meses, variando conforme proprietários.
  • Mudanças no plano diretor e melhorias na infraestrutura impulsionam a demanda por terrenos em Americana, expandindo as oportunidades imobiliárias.
Americana terrenos no interior de SP
Imagem: Fokusiert/iStock

Cidades do interior de São Paulo estão na mira de incorporadoras e construtoras em busca de terrenos. Segundo levantamento da empresa de tecnologia imobiliária Allrea, o município de Americana é o principal alvo do mercado em 2025, seguido por Campinas, Araraquara, Santa Bárbara d’Oeste e Limeira.

Enquanto na capital paulista mais de 80% da demanda atual por terrenos é para prédios, no interior predominam casas e loteamentos. O levantamento aponta que 52,8% dos projetos no interior são para loteamentos de alto padrão, 37% para edifícios e 27,2% são para casas populares e de alto padrão.

“A maior parte da demanda no interior é de casas. Então, as construtoras têm olhado para esse mercado porque existe liquidez para esse produto. Você vende uma casa já com o mesmo preço que você venderia um apartamento”, Thomaz Brancati, CEO da Allrea, em entrevista ao Estadão.

Proprietários flexibilizam negociações

Ao mesmo tempo em que o ranking mostra potencial de valorização dos terrenos, os proprietários têm se mostrado mais dispostos a negociar e aceitar condições para vender mais rápido. Isso aumentou o volume de fechamentos, especialmente em cidades de porte médio (com mais de 100 mil habitantes).

Segundo o estudo, o motivo para essa flexibilização é a elevada taxa de juros, que pressiona a renda das famílias proprietárias que possuem dívidas.

Neste processo de negociação, o prazo tende a demorar cerca de seis meses, podendo variar conforme o número de proprietários e dívidas ou pendências regulatórias. Já em relação aos loteamentos, há ainda a aprovação necessária para criar os lotes, que pode chegar a cinco anos.

Americana se destaca por mudanças no plano diretor

Segundo Thomaz Brancati, a alta demanda por terrenos em Americana se dá por uma somatória de fatores. Mudanças no plano diretor e melhorias na infraestrutura hídrica e rodoviária são os principais.

Um exemplo foi a liberação para construir na área pós-represa, que faz divisa com Paulínia e Nova Odessa. A área era chamada Área de Proteção Ambiental de Americana (Apama) e a prefeitura passou a permitir novas residências.

Em contrapartida, os locais de proteção ambiental pré-determinados precisam ser respeitados.

Como Americana é um município de território urbano reduzido e já conurbado com cidades como Santa Bárbara, Sumaré e Limeira, não há muito espaço para loteamentos no lado habitado. Mas o novo território além da represa traz oportunidades para o mercado imobiliário.

*Com informações de Estadão

Marcela Guimaraes
Marcela Guimarães

editora/redatora

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)