
A Caixa Econômica Federal voltou a financiar até 80% do valor de imóveis no sistema SAC (Sistema de Amortização Constante), após manter o limite em 70% desde novembro de 2024. O anúncio foi feito pelo presidente Carlos Vieira durante lançamento do novo modelo de crédito imobiliário na última sexta-feira (10), em São Paulo.
A decisão foi possível graças às mudanças nas regras do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e da poupança. Desde 1º de novembro de 2024, a cota máxima de financiamento concedida pela Caixa estava em 70% do valor do imóvel. De acordo com Vieira, esta limitação foi feita porque o banco trabalhava no limite da sua capacidade.
Já com o novo modelo lançado pelo governo federal, que libera totalmente os depósitos compulsórios da poupança, o banco — que é o maior financiador da casa própria — terá mais “gordura”.
Com as medidas que compõem o novo modelo de financiamento imobiliário, o governo federal quer ampliar o acesso da classe média à casa própria pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).
Pelo sistema, 80% dos recursos devem ir para o SFH (Sistema Financeiro de Habitação), com taxa máxima de 12% ao ano, enquanto 20% vão para o SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário), com taxas de mercado.
A vice-presidente Inês Magalhães estima injeção de R$ 40 bilhões em recursos para financiamentos. O ministro das Cidades, Jader Filho, projeta financiamento de 80 mil unidades adicionais até 2026.
Teto do SFH sobe para R$ 2,25 milhões
O governo também reajustou o teto do SFH de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, valor congelado desde 2018. A medida adequa o limite ao aumento dos preços imobiliários.
Para o financiamento Price, com parcelas fixas, o limite permanece em 70%. A Caixa, responsável por quase 70% dos financiamentos imobiliários do país, testará o modelo até 2026.
O ministro Fernando Haddad classificou o esquema de antecipação do saque-aniversário como “uma das maiores injustiças já cometidas contra o trabalhador brasileiro” e “uma das coisas mais escandalosas que foram feitas no Brasil”.
*Com informações de Folha de S.Paulo