
A Caixa anunciou o retorno da linha de financiamento de construção para imóveis com valores acima de R$ 2,25 milhões. A modalidade estava suspensa desde novembro do ano passado. O retorno, no entanto, vem acompanhado de uma nova exigência: os imóveis deverão contar com aspectos de sustentabilidade incorporados ao projeto.
O anúncio de retomada de linha acontece em meio à COP30 – 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – que acontece em Belém, no Pará. Seguindo o contexto, o banco estatal vai financiar projetos que tenham, por exemplo, eficiência energética, redução do impacto ambiental e uso de tecnologias sustentáveis.
Financiamento estava pausado por falta de recursos
O financiamento foi pausado quando a escassez de funding fez a Caixa priorizar os recursos da poupança para imóveis mais baratos, que se encaixam no Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
Agora, as taxas de juros pós-fixadas serão a partir de 12,80% ao ano, acrescidas da TR (Taxa Referencial). O início das contratações está previsto para janeiro de 2026.
A implementação dos critérios sustentáveis está relacionada com o Selo Casa Azul Caixa, que passa a ser obrigatório para esses financiamentos.
Meta de R$ 8 bilhões em contratos para 2026
“Estimamos contratar em 2026 cerca de R$ 8 bilhões em financiamentos de construção de imóveis destinados a pessoas físicas”, disse Inês Magalhães, vice-presidente de habitação da Caixa, que participa da COP30.
Inicialmente, somente os projetos com imóveis avaliados a partir de R$ 2,25 milhões terão o selo como item obrigatório. Posteriormente, haverá expansão para todas as operações.
O selo também passará a ser um dos critérios para bonificação da taxa de juros. Segundo a Caixa, o objetivo é que as obras utilizem os recursos naturais de maneira racional, adotando soluções arquitetônicas de qualidade na construção, uso, ocupação e manutenção de unidades habitacionais.
*Com informações de Valor Econômico

