O SEU PORTAL DE NOTÍCIAS SOBRE O MERCADO IMOBILIÁRIO

Resumo do dia

Cofeci é investigado por repasse de R$ 18,4 milhões

Entidade é investigada pelo Ministério Público e responde a duas ações que envolvem transferência de recursos sem licitação para empresa ligada ao presidente, João Teodoro da Silva

Cofeci investigado
Imagem: simpson33/iStock

O Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) está sendo investigado por repasses de R$ 18,4 milhões entre 2018 e 2024 para a empresa do próprio presidente, João Teodoro da Silva. As transferências foram feitas sem licitação.

A Federação Nacional de Corretores de Imóveis (Fenaci), que representa 700 mil profissionais, protocolou duas ações civis na Justiça Federal do Distrito Federal, pedindo o afastamento de Teodoro e outros diretores que estariam, supostamente, envolvidos no esquema.

Nas ações, Teodoro é acusado de improbidade administrativa e desvio de finalidade no exercício da função pública.

Família controla empresa beneficiada

Teodoro é sócio da esposa, Jucélia Laba Ferreira da Silva, e do filho, Daros Augusto Teodoro da Silva, na Redimob. A empresa foi fundada em 2005, tem sede em Brasília e atua como “provedor de acesso a redes de comunicações”.

Em seu quadro de sócios, a Redimob inclui outros diretores do Cofeci, entre eles o coordenador nacional das eleições da entidade, Luiz Cláudio Nasser Silva. A Fenaci sustenta que o conselho não realiza licitações para contratos desde 2016.

“Nem por meio de processo licitatório a contratação da associação em questão poderia ocorrer, ainda mais com a transferência de valores tão vultosos e por tanto tempo”, afirma o documento da federação divulgado pelo portal Metrópoles.

Ainda de acordo com a Fenaci, a Redimob funciona nas mesmas instalações do Cofeci em Brasília. A intenção seria facilitar, segundo o denunciante, a destruição de provas e dificultar as investigações do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF), que apuram as supostas irregularidades.

“Em data recente, seus funcionários [do conselho] foram obrigados a realizar a retirada de aparelhos de informática com trabalhos da Redimob que estavam dentro do Cofeci, transferidos para outras unidades no mesmo edifício, certamente no intuito de ocultar e descartar provas”, denuncia o MP na ação judicial.

A Fenaci pede a anulação dos contratos firmados pelo Cofeci, ressarcimento dos R$ 18,4 milhões e condenação dos envolvidos no suposto esquema fraudulento.

*Com informações de Metrópoles

Marcela Guimaraes
Marcela Guimarães

editora/redatora

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter (revista piauí, rádios CBN, revista GQ e Portal Loft), além de atuar como editora/editora-executiva/editora-chefe (SBT News, rádio CBN, Broadcast/Estadão, Globo Condé Nast e Curto News). Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter (revista piauí, rádios CBN, revista GQ e Portal Loft), além de atuar como editora/editora-executiva/editora-chefe (SBT News, rádio CBN, Broadcast/Estadão, Globo Condé Nast e Curto News). Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)