
Os apartamentos compactos praticamente sumiram do mercado imobiliário carioca. De janeiro a agosto de 2025, 88% das unidades lançadas já foram vendidas, restando apenas 12% à venda, segundo pesquisa da Brain Inteligência Estratégica para o Sinduscon-Rio.
Mesmo com a tipologia presente em 16,4% dos empreendimentos, a oferta final responde por só 9,1% do total disponível — cerca de 1.220 unidades.
“Os números demonstram a força da demanda e a velocidade de vendas dos compactos no Rio”, explica Marcelo Gonçalves, sócio-consultor da Brain. O movimento ganhou força a partir de 2018, com a modernização do Código de Obras que passou a permitir apartamentos menores.
O sucesso dos apartamentos com pequenas metragens invadiu também os endereços “símbolo” do Rio, como Copacabana. No bairro, a Piimo Empreendimentos lançou o Copa, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, com 55 unidades entre studios e double studios (31 a 69 m²).
“Noventa por cento das unidades foram vendidas logo na primeira semana”, afirma Marcos Saceanu, presidente da Piimo e da Ademi-RJ (Associação de Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário).
Modernidades como fechadura biométrica, terraço com piscina, mini market e sala para aluguel de equipamentos de praia são atrativos para este tipo de empreendimento, atendendo tanto uso residencial quanto turístico.
Turismo impulsiona setor
No primeiro semestre de 2025, o Rio recebeu 6,8 milhões de visitantes, sendo 1 milhão de estrangeiros nos cinco primeiros meses, segundo a Embratur.
E para atender a esta demanda, por meio das plataformas digitais de aluguel para curta temporada, como Airbnb, os compactos são um ativo de alta liquidez -ainda que a regulação dessa modalidade esteja em discussão no Legislativo da cidade.
“O desempenho mostra que estamos diante de uma oportunidade importante para a cidade, em um momento em que o turismo se consolida como um dos motores da economia carioca”, reforça Claudio Hermolin, presidente do Sinduscon-Rio.
*Com informações de Diário do Rio e Tempo Real