Construção civil lidera valorização da Bolsa em 2025

As ações de empresas da construção civil foram as que mais se valorizaram na Bolsa brasileira no acumulado de 2025, segundo levantamento do Valor Econômico com dados do Valor Data até 24 de novembro. Oito dos 20 papéis com maior alta pertencem ao setor.

Considerando o período entre 2 de janeiro e 8 de dezembro, os maiores desempenhos são: Moura Dubeux ON (154,15%), Lavvi ON (143,78%), Cury ON (126,28%), Direcional ON (113,93%), Helbor ON (98,13%), JHSF ON (124,19%), Trisul ON (112,47%) e Cyrela ON (121,20%). No mesmo intervalo, o Ibovespa acumulou alta de 31,51%, bem abaixo do avanço do setor imobiliário.

Minha Casa, Minha Vida impulsiona resultados

O desempenho acima da média é explicado pela melhora nas condições de financiamento, fortalecimento das políticas habitacionais e perspectiva de queda dos juros, segundo Juliana Inhasz, do Insper, ao Valor. Ao jornal, André Mazini, do Citi, afirma que a construção para baixa renda vive o melhor momento da história do Minha Casa, Minha Vida, após o aumento do teto de financiamento para R$ 275 mil com recursos do FGTS.

A Cury, focada em imóveis populares, completou 26 trimestres consecutivos de resultado positivo, com R$ 233 milhões de caixa livre. Para Ygor Altero, da XP, o segmento de baixa renda seguirá em expansão, sustentado pelo FGTS. Já a média e alta rendas sentem mais os juros, mas empresas de capital aberto, como a Cyrela, mantêm vantagem competitiva por acessar crédito mais barato.

A continuidade da valorização em 2026 dependerá da trajetória dos juros, do crédito e da manutenção dos programas habitacionais, com impactos positivos também sobre emprego e atividade econômica.

*Com informações do Valor Econômico