
A Cury (CURY3) registrou lucro líquido de R$ 282 milhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 56,8% ante igual período de 2024. O lucro atribuído aos acionistas foi de R$ 255 milhões, crescimento anual de quase 50%.
A companhia alcançou margem líquida de 20% e retorno sobre patrimônio (ROE) de 70,6%. O Ebitda ajustado (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) foi de R$ 340 milhões, 53,7% maior na comparação anual.
Geração de caixa supera expectativas
A incorporadora comemora a geração de caixa de R$ 233 milhões, 58,6% superior ao terceiro trimestre de 2024. “Uma empresa em franco crescimento e gerando caixa é algo raro”, afirma Leonardo Mesquita, vice-presidente comercial.
O resultado ocorreu mesmo com mudanças no sistema de repasses da Caixa Econômica Federal há um ano. “No meio do ano passado começamos a ter que esperar mais tempo para poder ver o dinheiro”, explica Mesquita.
A Cury também bateu recordes de geração de caixa, receita líquida e lucro no trimestre. No período, alcançou R$ 1,8 bilhão em vendas líquidas, com 93% do portfólio custando até R$ 500 mil, ou seja, dentro do programa Minha Casa Minha Vida.
Dividendos sob análise por nova tributação
Segundo a Cury, o desempenho do último trimestre permitiu pagamento de R$ 200 milhões em dividendos em outubro, totalizando R$ 529 milhões no ano. A empresa avalia os efeitos da possível tributação de 10% sobre dividendos acima de R$ 50 mil mensais, aprovada pelo Congresso.
Além disso, a companhia lançou 9 empreendimentos com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,986 bilhão no trimestre, alta anual de 27,3%.
Marca entre as mais valiosas
Além dos dados animadores, a Cury também aparece na 2ª posição no ranking “As Marcas Mais Valiosas do Brasil 2025”, elaborado pela TM20 Branding em parceria com o InfoMoney. A marca da construtora foi avaliada em R$ 3,41 bilhões.
Desde o IPO (Oferta Pública Inicial) há cinco anos, as ações valorizaram mais de 400%. O valor de mercado evoluiu de R$ 3 bilhões para mais de R$ 10 bilhões, com distribuição de R$ 1,8 bilhão em dividendos. A base de acionistas cresceu de 1,5 mil para mais de 38 mil investidores.

