Empresa do Paraná investe milhões no interior paulista

Com quase 50 anos de atuação no Sul do país, a Ábaco Urbanizadora inicia sua expansão para o Sudeste, tendo o interior de São Paulo como porta de entrada. A estratégia começou com a aquisição do projeto Lago Azul, em Araçoiaba da Serra (SP), que integra área residencial a campo de golfe.

O aporte para o empreendimento é de R$ 130 milhões, com previsão de gerar R$ 750 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV). O projeto está no centro da estratégia da urbanizadora para alcançar R$ 2 bilhões em 2026.

Projeto premium com 320 lotes

“Era um produto consolidado, triple A, de alto padrão, no interior do estado, com o projeto já aprovado”, explica Roberto Pedrini, diretor-geral da Ábaco. A segunda fase do projeto está em terreno de mais de 1 milhão de m² e terá 320 lotes, sendo que a Ábaco vende os terrenos e cada proprietário constrói sua casa.

O Lago Azul começou a ser projetado na década de 1970, em terreno de cerca de 2,5 milhões de m², descoberto em fazenda centenária. Apenas a primeira fase estava concluída quando Tito Lívio Martins Neto, antigo proprietário, abriu processo licitatório para dar continuidade ao empreendimento.

Hoje existe parceria financeira entre a Ábaco e os antigos donos, que ficam com 45% do VGV, enquanto a urbanizadora administra o ativo com exclusividade. “O Lago Azul II tem terrenos a partir de 1 mil m² e preço médio de R$ 1,3 mil por m²“, afirma Pedrini.

Expansão estratégica no interior

Além de Araçoiaba, a empresa adquiriu terrenos em Itapetininga, Sumaré, Mogi das Cruzes e Itu, com lançamentos programados a partir de 2026. O maior VGV estará em Itapetininga, com pelo menos R$ 1,2 bilhão em terreno de mais de 2 milhões de m².

Em Itu, o VGV deve ser de R$ 250 milhões; em Sumaré, R$ 180 milhões; e em Mogi das Cruzes, R$ 500 milhões. A empresa analisa outros terrenos em diferentes cidades do interior paulista.

“Já em Santa Catarina, vendemos terrenos menores, a partir de 150 m², com preços que chegam a R$ 3,5 mil por m². No estado de São Paulo, há espaço para produtos semelhantes com grande margem de crescimento”, destaca o executivo.

*Com informações de Exame