Neste episódio do Portas Entrevista, recebemos Daniel Claudino, administrador e consultor que já viveu experiências no Bahrein, Inglaterra, Canadá e em mais de 200 imobiliárias pelo Brasil. O vídeo do bate-papo está disponível acima.
O que você verá neste episódio
- Como experiências internacionais influenciam a visão sobre o mercado imobiliário brasileiro.
- Os bastidores da jornada de Claudino em mais de 200 imobiliárias no Brasil.
- Diferenças culturais entre Brasil e Canadá na atuação dos corretores.
- As tendências futuras do setor: tokenização, coliving e geração Z.
- Os aprendizados de Claudino sobre liderança e paciência no mercado imobiliário.
Do Bahrein a Brasília: os primeiros passos de Claudino
Claudino começou sua carreira com passagens por marketing e consultoria internacional, mas foi no Bahrein que conheceu pela primeira vez o mercado imobiliário. Ali, percebeu que queria se tornar especialista no Brasil.
“Se eu tiver que ser corretor, que seja no Brasil.” — Daniel Claudino
De volta, atuou em pequenas imobiliárias e decidiu viver na prática cada função: da recepção ao financeiro, passando por corretagem e gestão.
A imersão em mais de 200 imobiliárias pelo Brasil
Movido pela curiosidade e pela necessidade de entender profundamente o setor, Claudino viajou pelo país inteiro. De Aracaju a Sorriso (MT), ele experimentou culturas de negociação distintas — como a compra de imóveis paga em sacas de soja no agronegócio.
“Eu realmente tinha esse nomadismo. Trabalhei como corretor, recepcionista, financeiro, para entender cada detalhe do setor.” — Daniel Claudino
Mercado imobiliário no Canadá x Brasil
Durante cinco anos em Toronto, Claudino observou um mercado mais colaborativo, mas menos exigente em qualidade de atendimento. Ele compara a união dos corretores no Canadá, via MLS, com a cultura de desconfiança no Brasil.
Na visão dele, apesar das dificuldades culturais, o Brasil possui profissionais mais qualificados e resilientes.
Os livros e o olhar para o futuro
Autor da série A Natureza do Mercado Imobiliário, Claudino pesquisa desde as origens da habitação até tendências futuras. Entre elas:
- Tokenização — novos modelos de investimento imobiliário.
- Coliving e eco housing — moradia compartilhada por afinidade.
- Geração Z — menos interessada em processos burocráticos, mais adepta ao modelo “resolve para mim”.
Mini-FAQ com Daniel Claudino
Vale a pena ser corretor de imóveis no Brasil?
Segundo Claudino, sim — desde que o profissional tenha paciência e invista em formação. O mercado é democrático, mas exige preparo.
Por que o mercado canadense é mais colaborativo?
Porque a cultura local pressupõe confiança e parceria. No Brasil, a desconfiança histórica moldou a forma de negociar e limitou a cooperação entre corretores.
Quais tendências vão transformar o setor?
Claudino destaca a tokenização, os condomínios por afinidade e a crescente demanda de clientes da geração Z por serviços de intermediação simplificados.
Destaques rápidos
- Mais de 200 imobiliárias visitadas por Claudino em todo o Brasil.
- No agronegócio, imóveis são negociados até em sacas de soja.
- No Canadá, corretores trabalham sob sistema de parceria obrigatória (MLS).
- A geração Z não quer burocracia: prefere profissionais que “resolvam tudo”.
O que aprendemos com este episódio
A trajetória de Daniel Claudino mostra que o mercado imobiliário é um reflexo cultural: marcado por desconfiança no Brasil, colaborativo no Canadá e criativo no agronegócio. Seu olhar sobre o futuro revela que adaptação e estudo serão as chaves para profissionais se manterem relevantes.