
Famílias com investimentos em imóveis podem economizar cerca de R$ 14,7 mil por ano em tributos através de holdings imobiliárias. O valor corresponde à diferença entre os impostos pagos nessa modalidade de pessoa jurídica e por quem aluga as mesmas propriedades registradas em Cadastro de Pessoa Física (CPF).
Os dados são da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar) e foram divulgados com exclusividade para o Valor Investe. A simulação considera três imóveis locados por R$ 5 mil cada, totalizando receita anual de R$ 180 mil.
Economia só vale para aluguéis acima de R$ 10 mil mensais
No CPF, o imposto de renda sobre essa receita chega a R$ 49,5 mil ao ano. Na holding, a tributação total é de aproximadamente R$ 20,4 mil, que somado ao custo de contabilidade de R$ 14,4 mil, resulta em economia líquida de R$ 14,7 mil anuais.
Segundo especialistas, o benefício só aparece no longo prazo. O custo para estruturação de uma holding desse tipo gira em torno de R$ 123,5 mil, equivalente a cerca de oito anos e meio de valores economizados pela tributação reduzida.
“O segredo está em entender se o objetivo da família é proteger o patrimônio ou também explorar os imóveis como atividade econômica”, resume Nayra Sombra, planejadora financeira que assina o estudo. Segundo ela, quando a renda mensal ultrapassa R$ 10 mil, a holding é mais vantajosa.
Transferir o patrimônio familiar para uma holding pode tornar a sucessão em caso de óbito mais simples e menos custosa. Considerando três imóveis avaliados em R$ 1 milhão cada, o custo de sucessão pode ultrapassar R$ 480 mil, entre impostos, honorários advocatícios e custas processuais.
Na holding, a transmissão dos bens ocorre por meio das cotas da empresa e permite doações em vida, cláusulas de usufruto e outros acordos. “A simplificação do processo de sucessão reduz riscos de litígios e preserva a harmonia familiar”, afirma a planejadora.
*Com informações de Valor Investe