leilão de CEPACs
Imagem: Pedro Truffi/iStock

A Prefeitura de São Paulo prepara o último leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACs) da Água Espraiada, na zona sul da capital, e aposta nas medidas anunciadas recentemente pelo governo federal para estimular a demanda por certificados.

As iniciativas incluem a criação da Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida (MCMV) e as mudanças de regras do crédito imobiliário. A expectativa é que os incentivos reacendam o interesse das incorporadoras pela região, especialmente no Jabaquara.

Com a Faixa 4 do MCMV, o governo federal ampliou o limite de renda familiar para R$ 12 mil e aumentou o teto do preço dos imóveis para R$ 500 mil. O valor máximo financiado pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH) passou de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.

Ainda de acordo com as mudanças, a parcela financiável pela Caixa voltou a ser de 80%. Junto com o Banco Central, o governo Lula alterou as regras de uso da poupança para financiamento imobiliário, com a expectativa de injetar R$ 50 bilhões na construção civil nos próximos anos.

“É possível que esse seja um eixo de descoberta para um novo perfil de população”, afirma Elisabete França, secretária de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo.

Operação urbana busca liquidar estoque final

A operação da Água Espraiada, criada há 25 anos para desenvolver regiões do Brooklin, Berrini, Marginal Pinheiros, Chucri Zaidan e Jabaquara, está chegando ao fim. Após seis leilões, a Prefeitura arrecadou aproximadamente R$ 3,4 bilhões com a venda de mais de 3,5 milhões de títulos.

Portanto, restam 922 mil unidades em estoque, equivalentes a 18% do total disponibilizado. O próximo leilão está previsto para o segundo semestre de 2026, com estudo de precificação já em contratação.

Novos incentivos para atrair incorporadoras

Para estimular o interesse, a Prefeitura criou incentivos urbanísticos. A cada 3 m² de Habitação de Interesse Social (HIS) construídos no Jabaquara, incorporadores podem adquirir 1 m² de potencial adicional em outro setor.

A cota de solidariedade determina que 10% da área construída seja destinada à produção de HIS.

“Adaptamos os benefícios para que, quando for realizado o próximo leilão, a região seja tão atrativa quanto outras áreas da cidade”, diz França.

*Com informações de Metro Quadrado

Marcela Guimaraes
Marcela Guimarães

editora/redatora

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)