Veja o resumo da noticia
- JHSF conclui venda de imóveis residenciais por R$ 5,2 bilhões para FII garantido por Bradesco, Itaú e XP, superando seu valor de mercado.
- A operação visa separar negócios da holding e injetar capital, resultando em mais dinheiro em caixa do que dívidas para a JHSF.
- Na negociação, foram incluídos apartamentos e lotes em São Paulo, com a JHSF responsável pela construção, com custo de R$ 1,9 bilhão.
- A JHSF manterá imóveis de renda recorrente, como shoppings, hotéis Fasano, aeroporto Catarina e terrenos avaliados em R$ 30 bilhões.
- Após a transação, a JHSF passará a ter caixa líquido, preparando-se para expansão e destravando valor, segundo o presidente Martins.

A gigante da área de incorporação de imóveis de luxo e dona de uma rede de negócios que inclui marcas como Fasano, Cidade Jardim e Fazenda Boa Vista, a JHSF concluiu uma das maiores vendas de imóveis residenciais da história do mercado brasileiro. O montante ficou em R$ 5,2 bilhões, vindos de 496 lotes, casas e apartamentos.
O comprador foi um novo Fundo de Investimento Imobiliário (FII) com recursos garantidos por Bradesco, Itaú e XP – o “JHSF Capital Desenvolvimento Imobiliário”. Os bancos cobriram 75,1% do fundo, enquanto a JHSF ficou com 24,9%.
A captação anunciada supera o valor de mercado da própria JHSF, de R$ 5,1 bilhões. A empresa receberá dois terços agora e um terço em um ano.
Mais dinheiro em caixa do que dívidas
A megaoperação que chamou atenção do mercado tem como objetivo principal separar os negócios da holding e injetar capital. Com isso, a JHSF terá mais dinheiro em caixa do que dívidas.
Foram inseridos na negociação apartamentos do Reserva Cidade Jardim e São Paulo Surf Club, na capital paulista, além de lotes em Porto Feliz e Bragança Paulista, no interior de São Paulo.
A empresa seguirá responsável pela construção, com custo estimado de R$ 1,9 bilhão. O FII “JHSF Capital Desenvolvimento Imobiliário” será gerido pela JHSF Capital.
A JHSF manterá imóveis de renda recorrente, incluindo shoppings, hotéis Fasano e o aeroporto Catarina. Também vai preservar terrenos avaliados em R$ 30 bilhões.
“Ficamos com os imóveis de renda recorrente, o landbank e uma entrada de recursos que vai reforçar muito a nossa estrutura de capital”, afirmou o presidente Augusto Martins em reportagem do Estadão.
A empresa tinha dívida líquida de R$ 1,8 bilhão no terceiro trimestre. Com a transação, passará a ter caixa líquido.
“Ficaremos com caixa líquido e mais preparados para seguir expandindo”, destacou Martins. “Acreditamos que essa estrutura mais leve destrava valor.”
*Com informações de Estadão

