O SEU PORTAL DE NOTÍCIAS SOBRE O MERCADO IMOBILIÁRIO

Resumo do dia

Mercado de capitais supre lacuna no crédito imobiliário

Após aperto de crédito bancário, mercado de capitais cresce e substitui poupança no financiamento imobiliário, exigindo mais transparência

Leitura: 3 Minutos
mercado de capitais financiamento imobiliário
Imagem: Jacob Wackerhausen/iStock

O setor imobiliário enfrenta um “credit crunch” – período em que as instituições financeiras se tornam menos dispostas a emprestar dinheiro -, mas o mercado de capitais tem conseguido ocupar esse espaço.

“Cada vez mais a gente vê o aumento da importância de outras fontes e que hoje representam parcela importante do financiamento imobiliário“, afirma Alessandro Vedrossi, sócio-diretor de ativos reais da Valora. As declarações foram dadas durante conferência do J.Safra Investment.

No mesmo evento, o chefe da área de emissões de dívida do J. Safra Investment Banking, Rafael Garcia, destacou que desde 2020 a poupança, principal fonte de financiamento do crédito imobiliário, não tem captação positiva, com a carteira de empréstimos quase do tamanho do funding.

Porém, na visão de Alessandro Vedrossi, o dinheiro da poupança não vai acabar, apenas perderá protagonismo. Ele acredita que a conexão entre gestoras de recursos com emissores criou produtos iguais “ou até mais eficientes do que o plano empresário” financiado pelo setor bancário tradicional.

Confirmando este movimento, Arturo Profili, sócio-fundador da Capitânia Investimentos, revelou que o mercado de capitais saltou de R$ 1 trilhão para R$ 5 trilhões em quatro anos, crescendo entre 35% e 40% ao ano. A alta resulta não só do volume das gestoras, mas da participação de pessoas físicas, fundos de pensão e bancos.

“Há uma grande oportunidade de crescimento para os gestores de recursos na interação com o mercado de capitais”, disse Profili. Ele citou que existem de 50 a 100 gestoras brasileiras bem equipadas com patrimônio entre R$ 5 bilhões e R$ 100 bilhões.

Por outro lado, as operações de mercado de capitais exigem maior transparência das empresas, adverte Rafael Quintas, executivo-chefe de investimentos do Safra. Ele citou a evolução da governança através dos ritos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“Há todo um rito a seguir de oferta pública pela CVM que faz com que as companhias deem passos na evolução da sua governança, com maior transparência e diligência de números”, afirmou.

O executivo acrescentou ainda, que o monitoramento não se limita a emissores e gestores com times para analisar os projetos, mas se estende aos prestadores de serviços como securitizadoras e agentes fiduciários.

*Com informações de Valor Econômico

Marcela Guimaraes
Marcela Guimarães

editora/redatora

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter (revista piauí, rádios CBN, revista GQ e Portal Loft), além de atuar como editora/editora-executiva/editora-chefe (SBT News, rádio CBN, Broadcast/Estadão, Globo Condé Nast e Curto News). Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter (revista piauí, rádios CBN, revista GQ e Portal Loft), além de atuar como editora/editora-executiva/editora-chefe (SBT News, rádio CBN, Broadcast/Estadão, Globo Condé Nast e Curto News). Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)