MRV reverte prejuízo e lucra R$ 111 milhões no 3º tri

A MRV&CO (MRVE3), holding que inclui as operações de MRV, Urba, Luggo e Resia, reportou um lucro líquido ajustado de R$ 111 milhões no terceiro trimestre de 2025. O resultado reverteu o prejuízo de R$ 774,7 milhões do trimestre anterior.

O Ebitda (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) foi de R$ 523 milhões, alta de quase 59% na comparação anual e 12% na comparação trimestral.

Já a receita operacional líquida consolidada chegou a R$ 2,8 bilhões, numa margem líquida ajustada de 3,9%.

Enxugamento da Resia impulsiona resultado

Para Ricardo Paixão, CFO (Chief Financial Officer) da companhia, o sinal para a MRV&CO mudou após alguns trimestres de dificuldades. “Pela frente vem um sinal bem verdinho”, afirmou o executivo em entrevista para a Exame.

“Houve uma diluição de despesa que ocasionou esse aumento do lucro líquido. A Resia [subsidiária da MRV&CO nos Estados Unidos] acabou tendo um prejuízo bem menor na comparação com o trimestre passado”, complementou Paixão.

O executivo atribui a melhora ao enxugamento da operação americana, com dispensa de parte do time e redução da estrutura necessária.

Incorporação sustenta números positivos

O balanço da companhia mostra que o negócio de incorporação sustentou os números positivos – com a MRV e Sensia. A divisão teve lucro líquido de R$ 204 milhões, receita operacional líquida de R$ 2,6 bilhões e margem líquida ajustada de 7,6%.

Apesar da melhora, a Resia ainda reportou prejuízo de R$ 104 milhões no período e receita operacional de R$ 72 milhões. O desinvestimento da operação está em andamento, com plano de venda de US$ 800 milhões em ativos até 2026.

Já a subsidiária Urba, especializada em loteamentos, foi destaque com lucro líquido de R$ 19 milhões, contra R$ 6 milhões do trimestre anterior. “Esse crescimento do lucro se deu por causa de vendas maiores, de R$ 88 milhões no período“, explica Paixão.

No período, houve queima de caixa de R$ 19 milhões, devido ao atraso de repasses de programas habitacionais regionais, argumentou a companhia. Do contrário, haveria geração de R$ 125,6 milhões.

*Com informações de Exame