
Santa Catarina se tornou o 5º maior polo de tecnologia do país, impulsionando a demanda por imóveis de alto padrão no Litoral Norte do estado.
O mercado imobiliário em Santa Catarina tem sido beneficiado pelo crescimento do setor de tecnologia no estado, atraindo grande fluxo de investidores e profissionais de alta renda para o litoral Norte, em busca de qualidade de vida próximo ao mar. O movimento é semelhante ao que acontece em cidades que atraem o dinheiro do Agronegócio no Brasil.
Segundo o Observatório da Acate (Associação Catarinense de Tecnologia), o estado se consolidou em 2024 como o 5º maior polo de tecnologia do país, superando o Rio Grande do Sul. O faturamento do setor alcançou R$ 47,2 bilhões, crescimento de 11% em relação ao ano anterior.
O segmento responde por 7,75% do PIB catarinense, com quase 30 mil empresas, ficando atrás apenas de São Paulo e Amazonas. Resultado: há dinheiro de sobra para ser injetado no mercado imobiliário local, impulsionando o segmento de luxo.
Itapema lidera valorização imobiliária
Itapema é um dos principais reflexos desse movimento. Segundo o Índice FipeZAP, a cidade mantém a vice-liderança nacional no ranking de preços residenciais, superada apenas por Balneário Camboriú.
A valorização dos preços residenciais em Itapema atingiu 11,13% em 12 meses, superando a média nacional de 7,04%. Em agosto de 2025, o preço médio do metro quadrado foi de R$ 14.674.
Um exemplo é o edifício George VI, entregue recentemente pela Gessele Empreendimentos no Canto da Praia. Lançado em 2021, o projeto alcançou valorização superior a 200% até sua conclusão em 2025, com mais de 90% das unidades comercializadas antes da entrega, refletindo a busca de investidores por imóveis exclusivos com retorno consistente.
Segundo João Conhaqui, presidente da companhia, a chegada de investidores desses setores estratégicos, como a tecnologia, elevou ainda mais o padrão de demanda, pressionando os preços dos imóveis para cima.
“Quando somamos a isso os investimentos públicos em infraestrutura e os aportes privados em empreendimentos de alto luxo, temos um crescimento ordenado”, afirma Conhaqui.
*Com informações de ND+