
O aluguel consignado voltou ao centro das discussões do setor imobiliário, como destacou o Pipeline, site de negócios do Valor Econômico, na matéria “Aluguel consignado pode virar realidade depois de uma década”, além de outras publicações especializadas. Após mais de dez anos de tramitação, o mecanismo que permite o desconto do aluguel diretamente na folha de pagamento avança no Congresso e pode finalmente se tornar realidade. Ele foi aprovado nesta semana na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, e agora segue para o Senado.
A proposta autoriza servidores públicos, trabalhadores regidos pela CLT, aposentados e pensionistas a destinarem até 30% do salário líquido para o pagamento do aluguel e encargos, dentro do limite legal de consignação. A mudança traz impacto direto para o mercado: aumenta a segurança para o proprietário, reduz a inadimplência e amplia o acesso à moradia formal para milhões de brasileiros. É, em essência, uma modernização estrutural do modelo de locação.
O debate surge em um momento em que o país vive um ciclo de forte valorização dos aluguéis. Em muitas capitais, os reajustes superam de longe a inflação, impulsionados por juros altos, maior procura por locação, oferta limitada em áreas centrais e mudanças no comportamento do consumidor, que busca mais flexibilidade. Mesmo com a possibilidade de queda na taxa de juros nos próximos meses, a tendência de demanda aquecida na locação não deve se alterar significativamente.
Esse cenário exige das imobiliárias uma visão mais estratégica da área de locação. O aluguel deixou de ser um segmento complementar e passou a ser um pilar central de receita, previsibilidade e crescimento. Para aproveitar o momento, algumas ações imediatas podem fazer diferença.
1. Estruturar processos sólidos de análise e gestão de risco.
Com o avanço do consignado, imobiliárias que já operam com avaliações rigorosas estarão mais preparadas para oferecer garantias mais eficientes e seguras.
2. Antecipar-se à regulamentação.
A adoção do aluguel consignado tende a atrair mais proprietários em busca de previsibilidade e menos vacância. Quem se posicionar cedo terá vantagem competitiva.
3. Atuar de forma proativa na inadimplência.
Ferramentas como plataformas de negociação e soluções de parcelamento — como o novo Loft Quita Fácil — ajudam a evitar que atrasos comprometam a saúde financeira da carteira.
4. Ajustar precificação com base em dados.
Com o movimento acelerado dos preços, decisões informadas por análises locais e indicadores de demanda tornam a gestão mais assertiva.
5. Educar proprietários sobre o novo modelo.
A compreensão dos benefícios do consignado será determinante para sua adoção. Cabe às imobiliárias comunicar de forma clara seus impactos positivos.
O avanço do aluguel consignado reforça que o mercado de locação vive uma transformação profunda. A combinação de modernização regulatória, alta demanda e valorização dos preços cria um ambiente fértil para imobiliárias que buscam crescer com consistência. Este é o momento de profissionalizar processos, adotar tecnologia e se preparar para um novo ciclo de expansão.
O setor está evoluindo — e quem se mover primeiro estará à frente dessa mudança.

