Veja o resumo da noticia
- Crescimento de 4,1% na comercialização de cimento em novembro, totalizando 5,54 milhões de toneladas no Brasil, aponta Sindicato do Cimento.
- Vendas de cimento impulsionadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, com lançamentos e vendas em alta no acumulado do ano.
- Desafios macroeconômicos, como juros altos e endividamento, impactam o setor, exigindo atenção para sustentar a demanda.

A comercialização de cimento no Brasil subiu 4,1% em novembro na comparação com o mesmo período de 2024. Foram 5,54 milhões de toneladas, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic). O volume, porém, ficou abaixo das 6,3 milhões de toneladas de outubro.
A venda por dia útil em novembro foi de 263,9 mil toneladas, crescimento de cerca de mais de 4% na comparação com outubro. O aumento das vendas ocorreu em todas as regiões do país no mês passado, exceto no Sul. Por lá, a comercialização ficou praticamente estável, a 924 mil toneladas.
No acumulado do ano, as vendas somam 62,2 milhões de toneladas, crescimento de 3,6% sobre janeiro a novembro de 2024. No últimos 12, o aumento foi 3,5%, para 66,8 milhões de toneladas.
Cenário macroeconômico complexo
Segundo o Snic, os resultados são influenciados por um mercado imobiliário que apresenta “sinais distintos”: crescimento de lançamentos no terceiro trimestre de 1,6%, mas queda de 6,5% nas vendas.
O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), porém, tem sustentado os números, com alta de 7,9% nos lançamentos e de 15,5% nas vendas no acumulado do ano.
“O desempenho do setor segue influenciado por um cenário macroeconômico de alta complexidade”, afirmou o Snic, citando ambiente de crédito “desafiador”, juros elevados, inadimplência e endividamento alto das famílias.
“Os avanços das obras do Minha Casa Minha Vida e os investimentos contínuos em infraestrutura serão determinantes para sustentar a demanda no próximo ano”, disse Paulo Camillo Penna, presidente do Snic.
*Com informações de Terra e Valor Econômico

