venda de imóveis em Campinas
Imagem: Pedro Truffi/iStock

Campinas e região metropolitana se consolidam como líderes no mercado imobiliário paulista. Segundo dados do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, 3.249 imóveis foram vendidos, no terceiro trimestre de 2025, alta de 50,1% em relação ao mesmo período de 2024 (2.283 unidades).

A média na região foi de um imóvel vendido a cada 38 minutos. O volume de unidades no 3º trimestre fica atrás apenas da região metropolitana de São Paulo, com 3.517 vendidas.

O estudo considerou a microrregião de Campinas, que engloba, além da metrópole, as cidades de Hortolândia, Indaiatuba, Sumaré, Valinhos e Bragança Paulista.

Ainda de acordo com o levantamento, no acumulado entre janeiro e setembro de 2025, as vendas tiveram alta de 24,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, o número de lançamentos caiu 12%, afetando o estoque futuro.

Compasso de espera para lançamentos

A cidade de Campinas vive “um ótimo momento nas vendas de imóveis”, mas em compasso de espera quanto a novos lançamentos, de acordo com Kelma Camargo, diretora da Regional do Secovi-SP.

Ela aponta que a definição da outorga onerosa pela Prefeitura de Campinas, prevista para ser debatida em audiência pública ainda em dezembro, pode impactar positivamente os lançamentos nos próximos anos.

“Se não houver essa deliberação e a outorga não ficar em patamares razoáveis e couber dentro do bolso da construção dos imóveis, nós ainda vamos viver 2026 sem lançamentos”, destaca a diretora.

Campinas lidera também no mercado de loteamentos

Outro estudo feito pela Associação das Empresas de Loteamento Urbano (AELO) e Secovi-SP, mostrou que a região de Campinas dominou os lançamentos de loteamentos urbanos em 2023, com 47% do total do Estado de São Paulo. Esse desempenho supera regiões como São José do Rio Preto (9%) e Sorocaba (7%).

A região metropolitana, composta por 90 municípios e cerca de 3,2 milhões de habitantes, conta com uma infraestrutura privilegiada. Conta com rodovias importantes, como a Anhanguera (SP-330) e a Zeferino Vaz (SP-332).

Além disso, cidades como Hortolândia, Sumaré e Valinhos têm atraído lançamentos por sua proximidade e fácil acesso à metrópole.

Sustentabilidade e desafios regulatórios preocupam especialistas

Apesar do crescimento, urbanistas alertam sobre os impactos desse desenvolvimento acelerado. “Há um grande interesse por áreas rurais próximas ao perímetro urbano, mas é essencial preservá-las pela sua função ecológica, como a captação de água e a manutenção da fauna”, afirma Eleusina Holanda de Freitas, doutora em loteamentos fechados.

Para o secretário de Planejamento de Campinas, Marcelo Coluccini, o crescimento imobiliário é positivo, mas exige rigor na aplicação de normas.

“Os loteamentos promovem desenvolvimento econômico, geram empregos e oferecem contrapartidas para a cidade. No entanto, é fundamental garantir planejamento responsável para que o crescimento satisfaça às necessidades de todos os cidadãos”, conclui.

*Com informações de g1 e Correio Popular

Marcela Guimaraes
Marcela Guimarães

editora/redatora

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)