Veja o resumo da noticia

  • CRECI-SC critica PLC 025/2025 aprovado na Alesc, temendo aumento de taxas cartoriais para consumidores catarinenses.
  • Projeto permite repasse de aumentos tributários aos contribuintes, impactando emolumentos cobrados nos cartórios.
  • Críticas à aprovação sem debate adequado e à manutenção da avaliação de imóveis por cartórios.
  • CRECI-SC alega que avaliação de imóveis é prerrogativa de corretores, evitando conflitos de interesse.
  • TJ justifica o projeto como adequação à Reforma Tributária, sem aumento nos emolumentos.
  • Anoreg/SC reforça que o projeto visa adequação à reforma tributária nacional, como em outros estados.
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Imagem: ndreyPopov/iStock

O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (CRECI-SC) criticou o projeto de Lei Complementar (PLC) 025/2025, de origem no Tribunal de Justiça (TJ), aprovado na Assembleia Legislativa do Estado (Alesc), na última quarta-feira (10). Os corretores temem que as taxas cartoriais fiquem mais caras para os consumidores com a nova lei.

O projeto permite repasse ao contribuinte de eventuais aumentos em tributos federais, estaduais e municipais. Isso impactaria diretamente os emolumentos cobrados nos cartórios, segundo o setor imobiliário.

O projeto ainda aguarda sanção do governador Jorginho Mello.

Aprovação sem debate adequado

“O filme se repetiu e, mais uma vez, ao apagar das luzes, na última sessão do ano e sem o devido debate, a Assembleia Legislativa aprovou um projeto”, criticou Gabriel Carrara, vice-presidente do CRECI-SC. O conselho aponta falta de debate adequado sobre o tema.

Na avaliação de Carrara, o projeto “deixa escancaradas as portas para os cartórios repassarem ao contribuinte novos aumentos da carga tributária”. Ele argumenta que o mercado imobiliário já foi afetado por aumentos excessivos nas taxas desde 2024.

Disputa sobre avaliação de imóveis gera conflito

Outra crítica do CRECI-SC é que o projeto mantém a possibilidade de cartórios fazerem avaliações de imóveis. O Conselho considera essa uma prerrogativa exclusiva dos corretores de imóveis.

“É um absurdo a avaliação ser feita de forma subjetiva por quem vai aumentar seus lucros quanto mais alta for a taxa”, protestou o vice-presidente do CRESCI-SC, em reportagem do portal NSC.

A taxa incide percentualmente sobre o valor do imóvel. Segundo a categoria, a situação tem gerado “conflitos e insegurança para corretores, compradores e vendedores”, como alerta Carrara.

O Tribunal de Justiça, autor da proposta, esclareceu que o projeto visa adequar a legislação às mudanças da Reforma Tributária. A Emenda Constitucional nº 132, de dezembro de 2023, instituiu essas mudanças.

O TJ afirma que são “ajustes tributários pontuais, necessários para garantir conformidade com as novas regras nacionais”. Segundo o órgão, as alterações não implicam aumento no valor final dos emolumentos.

Já o presidente da Associação dos Notários e Registradores de Santa Catarina (Anoreg/SC), Otávio Margarida, reforçou que o projeto “não tem nada a ver com aumento de emolumentos”. Ele argumenta que todos os estados passarão por essa adequação à reforma tributária nacional.

*Com informações de NSC

Marcela Guimaraes
Marcela Guimarães

editora/redatora

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)