
Um marketplace que usa inteligência artificial e geoprocessamento para conectar proprietários de terrenos e incorporadoras. Esta é a proposta da Aurea Finvest, com o lançamento do ‘Aurea Digital’, que automatiza avaliação e prospecção de áreas para desenvolvimento imobiliário, processo que hoje depende de profissionais especializados e visitas presenciais.
O sistema analisa o potencial de um terreno em segundos, cruzando dados de zoneamento, infraestrutura e perfil socioeconômico da região para indicar o tipo de projeto mais adequado.
O projeto foi criado inicialmente para demanda interna da Aurea Finvest, que atua como investidora e desenvolvedora imobiliária. Mas o resultado funcionou tão bem que acabou virando um produto para o setor, uma espécie de Loft ou Quinto Andar dos terrenos.
Mercado de R$ 10 bilhões ainda opera de forma analógica
O mercado de terrenos movimenta cerca de R$ 10 bilhões por ano apenas em São Paulo, segundo o Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo). Menos de 1% dos corretores atuam na originação de terrenos, e incorporadoras avançam com apenas 1% a 2% das áreas analisadas.
“O mercado de terrenos é muito analógico, vem sendo feito da mesma maneira desde sempre”, afirma Pedro da Costa Lima, coordenador de operações da Aurea Digital, ao portal Startups.
Para resolver o problema, a empresa criou tecnologia de geoprocessamento integrada ao WhatsApp, que conecta proprietários e incorporadoras.
O proprietário envia mensagem com endereço e área do lote, recebendo imediatamente direcional imobiliário completo com dados de zoneamento, infraestrutura e perfil socioeconômico. Os terrenos são organizados em nove categorias, incluindo incorporação residencial, lotes industriais e data centers.
A plataforma faz match automático entre perfil do terreno e incorporadoras com interesse compatível. Com o marketplace no ar há poucas semanas, a Aurea pretende ampliar a base de terrenos e desenvolver novas funcionalidades de inteligência artificial.
Pedro não descarta aquisição futura: “Dentro da Aurea Finvest tem algumas verticais, como data centers, condomínios horizontais de casas, logística, torre corporativa em complexos e gestão imobiliária de áreas rurais. Todas essas verticais necessitam de terrenos. Mas a plataforma foi desenvolvida para o mercado. É algo que estamos trabalhando para ser escalável e ir para outras cidades. Gosto de um cenário de um M&A”.
*Com informações de Startups

