
A tradicional Avenida Rebouças, em São Paulo, tem se recuperado no mercado de escritórios. A região possui estoque atual de 51,8 mil metros quadrados e reduziu a vacância de 29,9% no primeiro trimestre para 12% no terceiro trimestre de 2025, absorvendo demanda das saturadas Faria Lima e Paulista, áreas com oferta limitada.
“Antigamente, a Rebouças era conhecida pelas lojas de noivas. Agora, com a mudança no plano diretor, surgiram novos empreendimentos corporativos”, afirma Yara Matsuyama, diretora da divisão de escritórios da JLL.
Uma pesquisa recente da JLL apontou que o mercado de escritórios de alto padrão na capital registrou a taxa de vacância mais baixa em 14 anos: de 16,2% no terceiro trimestre de 2025. A absorção líquida de 50 mil metros quadrados no período é recorde, com acumulado anual de 247 mil metros quadrados.
O preço médio do metro quadrado das salas comerciais chegou a R$ 115, alta de 3,8% no trimestre e 14,9% nos últimos 12 meses. Esse cenário beneficia regiões secundárias como a Rebouças, que se consolida como alternativa no mercado corporativo.
Na região da Rebouças, há ainda a previsão de entrega de dois edifícios, para 2026 e 2027, que somarão 45,2 mil metros quadrados, aumento de 87% no estoque. Um deles, o ‘Biosquare’, já totalmente pré-locado pela Amazon, será o primeiro grande edifício corporativo da região, com 25 andares e mais de 39 mil metros quadrados.
Aluguéis sobem 23% na região em um ano
Os preços de aluguel na Rebouças aumentaram 23%, subindo de R$ 146 no terceiro trimestre de 2024 para R$ 180 no mesmo período de 2025. A região estreou no mercado corporativo em 2022, após mudança no plano diretor que permitiu edifícios de uso misto.
Empresas do setor financeiro dominam a ocupação (34%), seguidas por serviços digitais (31%), fumo (14%) e coworkings (7%). A infraestrutura estabelecida, com acesso a transporte público e proximidade de zonas residenciais, atrai empresas em busca de localização estratégica com custos competitivos.
O bom desempenho da Rebouças beneficia bairros vizinhos como Pinheiros, Vila Madalena e Jardins, que também se tornam alternativas para empresas que buscam custos menores.
*Com informações de Exame

