Veja o resumo da noticia
- Pesquisa da Empiricus/BTG Pactual revela otimismo de gestores de fundos imobiliários para 2026, com foco na relação risco-retorno.
- Fundos de 'tijolo', com ativos físicos em logística e escritórios, ganham preferência em detrimento dos fundos de 'papel'.
- Queda da taxa de juros Selic é vista como fator crucial para valorizar ativos e impulsionar o desempenho do setor imobiliário.
- Reajuste nos preços de aluguel e melhora na ocupação devem beneficiar fundos de 'tijolo', sustentando a geração de renda.
- Cautela com fundos de CRI devido à Selic alta, priorizando dívidas estruturadas, garantias sólidas e boa governança.
- Eleições de 2026, inflação e juros são fatores macroeconômicos que mais influenciam o mercado de fundos imobiliários.

Gestores de fundos imobiliários demonstram visão positiva para 2026, segundo pesquisa da Empiricus Research em parceria com o BTG Pactual. O levantamento reuniu percepções das principais casas do mercado sobre o setor.
Participaram da pesquisa gestoras como Alianza Investimentos, HSI, Tellus Investimentos, Arch Capital, JiveMauá, Tivio Capital, Bresco, Mérito Investimentos, TRX, Canuma Capital, Pátria, Valora Investimentos, Capitânia, Real Investor, Vinci Compass, Fator Asset, RB Asset, XP Asset, Guardian, RBR Asset, Hedge Investments e Rio Bravo.
Segundo o levantamento, o grau de confiança no mercado imobiliário permanece em território otimista. A avaliação considera a relação entre risco e retorno no cenário doméstico favorável no horizonte de um ano.
Fundos de “tijolo” ganham preferência dos gestores
Os fundos que investem em imóveis físicos voltaram ao centro das atenções. Segmentos como logística, escritórios e renda urbana apresentam os maiores níveis de confiança entre gestores.
Segundo a pesquisa, a possível queda da taxa de juros é vista como fator decisivo para o desempenho dos fundos imobiliários. A redução da Selic (hoje em 15% ao ano) deve valorizar ativos e melhorar a relação risco-retorno do setor.
O mercado aponta que os fundos de “tijolo” devem se beneficiar do reajuste nos preços de aluguel e da melhora das taxas de ocupação. Esses fatores são fundamentais para sustentar a geração de renda e melhorar a percepção de valor.
Fundos de “papel” perdem favoritismo
Por outro lado, os fundos de recebíveis imobiliários (CRI) apresentaram maior recuo no grau de confiança. Ainda assim, a avaliação permanece em território otimista, indicando cautela sem reversão completa de expectativas.
Com a Selic em 15% ao ano, gestores adotam postura mais cuidadosa. O foco está em dívidas bem estruturadas, com garantias sólidas e governança robusta.
As eleições de 2026, inflação e juros aparecem como principais fatores de influência no movimento dos fundos. A pesquisa mostra que o setor segue altamente sensível ao ambiente macroeconômico.
Neste sentido, os gestores demonstram preocupação com endividamento dos fundos e questões de governança. A estratégia preferida é captar recursos via ofertas restritas a investidores qualificados.
*Com informações de Valor Investe

