
O setor está aquecido, mas é preciso saber do passo a passo para adquirir um imóvel, que é um bem com características próprias e de alto valor
Comprar, vender ou alugar um imóvel é uma das decisões financeiras mais relevantes na vida de qualquer pessoa. No entanto, o processo vai muito além da escolha da localização ou do valor anunciado: envolve documentação, legislação específica e cuidados que podem evitar prejuízos e dores de cabeça no futuro. Informar-se corretamente sobre cada etapa desde a análise da matrícula no cartório à verificação de dívidas do proprietário ou do inquilino é fundamental para garantir segurança jurídica e financeira.
Nesse cenário, conhecer os direitos e deveres de cada parte, bem como os procedimentos legais que cercam uma negociação imobiliária, torna-se um diferencial. Seja para quem busca adquirir a casa própria, investir em um bem de renda ou fechar um contrato de locação, a informação correta é a chave para tomar decisões conscientes, prevenir fraudes e assegurar que o imóvel realmente corresponda às expectativas e às exigências legais.
A seguir, tudo o que você precisa saber sobre comprar, vender ou alugar um imóvel no Brasil:
Comprar um Imóvel
Se você está pensando em comprar um imóvel, seja para morar ou investir, é fundamental entender todas as etapas do processo e as opções disponíveis. A seguir, apresentamos um guia completo com dicas, etapas e cuidados essenciais para garantir uma aquisição segura e bem-sucedida.
Passo a Passo do Processo de Compra
Defina suas necessidades e orçamento: Antes de começar a procurar, saiba exatamente o que deseja (apartamento, casa, terreno), qual o bairro preferido, e quanto pode gastar. Faça uma análise de sua capacidade financeira e, se necessário, consulte um especialista em financiamento.
Pesquise e selecione imóveis: Utilize plataformas de imóveis, imobiliárias, e visitas presenciais ou virtuais para conhecer as opções que atendem às suas expectativas.
Faça uma pré-análise documental do imóvel: Verifique se a documentação está em ordem, incluindo matrícula e certidões negativas. Aqui, vale explicar bem o que é preciso verificar e onde encontrar os documentos. Alguns é possível conseguir sozinho, mas outros é importante ter um especialista, como um advogado imobiliário para auxiliar.
Veja os documentos a serem avaliados e onde conseguir
O que você mesmo pode fazer
- Matrícula atualizada do imóvel → pedir no Cartório de Registro de Imóveis (pessoalmente ou via site do cartório).
Certidões negativas online:
- Justiça Federal
- Justiça do Trabalho
- Receita Federal (CND)
- Justiça Estadual (dependendo do Estado)
- IPTU e débitos municipais → site da Prefeitura.
- Declaração de condomínio → pedir direto para o síndico ou administradora.
- Protestos → geralmente consulta online unificada por Estado.
Essas você mesmo consegue solicitar, pagando apenas algumas taxas cartorárias.
O que é recomendável contratar profissional
Análise da matrícula do imóvel: entender se há restrições, ônus ou gravames. Um advogado especializado interpreta melhor esses registros.
Checagem de processos em andamento contra o vendedor: você até pode emitir as certidões, mas um advogado sabe avaliar o risco real.
Regularidade urbanística e ambiental: quando o imóvel tem construção não averbada, problemas de zoneamento ou restrições ambientais, a análise técnica pode ser mais complexa.
Elaboração do contrato: a minuta de compra e venda precisa prever garantias para não deixar brechas jurídicas.
Resumindo:
Se for apenas para você ter uma prévia de segurança, dá para fazer sozinho.
Se for fechar negócio (principalmente valores altos), o ideal é pedir para um advogado imobiliário revisar toda a documentação antes da assinatura.
Faça uma proposta e negocie: Apresente uma oferta formal e negocie condições, valor, prazos e condições de pagamento.
Contrate um profissional para análise jurídica: Um advogado ou tabelião pode ajudar a revisar contratos e documentos, garantindo segurança jurídica.
Assinatura do contrato de compra e venda: Após a concordância, firma-se o contrato, que deve ser claro e detalhado.
Pagamento e lavratura da escritura: Com o pagamento realizado, a escritura pública é lavrada em cartório.
Registro no cartório de imóveis: Para que a propriedade seja oficialmente sua, é preciso registrar a escritura, garantindo a transferência definitiva.
Pós-compra: Atualize o cadastro na prefeitura, condomínio (se houver), e organize a mudança.
Tipos de Imóveis Disponíveis
Apartamentos: unidades em prédios, variando de studios a coberturas, com diferentes tamanhos, áreas de lazer e localização. É visto como opção que traz mais segurança para os moradores, mas em geral exige o pagamento mensal da taxa de condomínio.
Casas: imóveis independentes, com área externa, ideal para famílias que buscam mais espaço.
Terrenos: áreas de terra que podem ser compradas para construir ou investir, com potencial de valorização futura.
Condomínios de casas: conjuntos de casas com infraestrutura compartilhada, segurança e áreas de lazer.
Imóveis comerciais: lojas, salas comerciais, galpões, usados para negócios.
Como Funciona o Financiamento: Tipos, Taxas e Condições
Como funciona: Geralmente, o comprador solicita um crédito imobiliário junto a bancos ou financeiras. Após aprovação, o valor é liberado para a compra, e o comprador paga parcelas mensais, com juros, até quitar o valor total.
Tipos de financiamento:
SFH (Sistema Financeiro de Habitação): voltado para imóveis de até um determinado valor, com taxas menores e possibilidade de usar o FGTS.
O SFH é destinado a famílias com renda média e baixa, mas o limite de valor do imóvel pode chegar a R$ 1,5 milhão.
O programa Minha Casa, Minha Vida faz parte do SFH e oferece condições especiais para famílias de baixa renda.
O SFH oferece juros mais baixos, prazos mais longos para pagamento e a possibilidade de usar o FGTS para abatimento das parcelas.
SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário): para valores maiores, com condições mais flexíveis, mas taxas variáveis.
O SFI é frequentemente usado para financiar imóveis com valor acima de R$ 1,5 milhão ou aqueles que não se encaixam nas regras do SFH.
Os recursos para o financiamento podem vir de bancos, investidores e outras instituições financeiras.
Carta de Crédito de Consórcio: pagamento parcelado sem juros, uma alternativa para quem não deseja financiamento tradicional.
Taxas de juros: Variam de acordo com o banco, perfil do cliente e o mercado, podendo oscilar entre 6% a 12% ao ano. Além disso, há taxas de administração, seguros e possíveis custos de avaliação.
Documentação Necessária
Para garantir uma compra segura, seja na análise do imóvel ou na contratação de financiamento, é importante reunir:
Documentos pessoais: RG, CPF, comprovante de estado civil.
Comprovantes de renda: holerites, declaração de imposto de renda, extratos bancários.
Certidões negativas: de débitos de IPTU, ações judiciais, ônus e gravames.
Matrícula atualizada do imóvel: documento que demonstra a propriedade e o histórico do bem.
Escritura pública: documento que transfere oficialmente o imóvel.
Certidão de ônus reais: comprova se há dívidas ou restrições sobre o imóvel.
Registro do imóvel: confirma a propriedade e evita problemas futuros.
Dicas para Escolher a Localização e o Imóvel Ideal
InfraestruturaLocalização: verifique transporte, escolas, hospitais, comércio e lazer na região. “No mercado imobiliário se diz que o primeiro, o segundo e o terceiro fatores mais importantes são a localização do imóvel, muito à frente, por exemplo, da conservação”, afirma o gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi. “Você pode reformar um imóvel, mas raramente vai ter um ganho importante no local onde está esse imóvel.”
Valorização: analise o potencial de crescimento e valorização futura do bairro.
Segurança: pesquise os índices de criminalidade na área.
Condições do imóvel: estado de conservação, idade, necessidade de reformas.
Preço de mercado: compare valores de imóveis semelhantes na mesma região para evitar pagar acima do valor justo.
Questões sobre o Valor de Mercado e Avaliação de Imóveis
Para garantir que o valor do imóvel seja justo, é importante:
Pesquisar os preços de imóveis semelhantes: usando plataformas de anúncios, imobiliárias ou avaliações independentes.
Contratar um avaliador profissional: um corretor ou perito pode fazer uma avaliação detalhada, considerando fatores como localização, acabamento, tamanho e estado de conservação.
Avaliação de mercado: ajuda a evitar pagar mais do que o valor real, além de orientar na negociação.
Importância do laudo: uma avaliação formal é fundamental em negociações de financiamento, pois muitas instituições exigem uma avaliação oficial para liberar o crédito. O laudo de avaliação de um imóvel é um documento técnico que determina o valor de mercado de um bem (residencial, comercial, rural etc.), seguindo normas específicas (no Brasil, a ABNT NBR 14.653). Ele pode ser feito por corretor de imóveis com CRECI (quando se trata de parecer técnico) ou por engenheiro/arquiteto com registro no CREA/CAU (quando for laudo técnico oficial).
Vender um Imóvel
Vender um imóvel pode parecer um processo complexo, mas com a preparação adequada, é possível garantir uma negociação tranquila e segura. Veja abaixo as principais etapas para vender seu imóvel com sucesso.
Preparação para a venda: Como valorizar o imóvel
Antes de colocar o imóvel no mercado, é fundamental fazer uma avaliação para destacar seus pontos fortes. Pequenas melhorias, como pintura nova, consertos em instalações elétricas e hidráulicas, limpeza profunda e organização dos ambientes, podem valorizar significativamente o bem.
Além disso, manter o imóvel bem iluminado, com ambientes arejados e com boa apresentação, aumenta o interesse dos compradores. Investir em fotos de qualidade e uma descrição detalhada também ajuda a destacar o imóvel na divulgação.
Documentação necessária para a venda
Para evitar atrasos ou problemas jurídicos, é essencial ter toda a documentação em ordem. Os principais documentos incluem:
- Matrícula atualizada do imóvel (que comprova a propriedade e o histórico de registros);
- Certidões negativas de débitos (IPTU, condomínio, ações judiciais, penhoras ou ônus);
- Escritura pública de compra e venda (se existente);
- Certidão de ônus reais;
- Documento de identidade e CPF do vendedor;
- Comprovante de endereço;
- ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), que deve ser recolhido pelo comprador, mas o vendedor precisa fornecer os dados corretos.
Ter esses documentos em mãos agiliza o processo e transmite confiança ao comprador.
Estratégias de marketing e divulgação
Hoje, a maior parte das negociações acontece por meio digital. Divulgar o imóvel em plataformas especializadas, redes sociais, e-mails marketing e sites de imobiliárias aumenta a visibilidade.
Investir em fotos profissionais e vídeos de alta qualidade, bem como criar um anúncio detalhado destacando pontos positivos do imóvel e da localização, faz toda a diferença. Além disso, contar com o apoio de corretores experientes pode ampliar o alcance da venda, além de facilitar a negociação e o fechamento.
Negociação e fechamento da venda
Após receber propostas, o vendedor deve avaliar as condições financeiras do comprador e negociar cláusulas do contrato, como prazos, formas de pagamento e eventuais condições especiais. É importante definir um termo de compromisso, com todas as condições acordadas, preferencialmente elaborado por um advogado.
Na fase final, a assinatura da escritura pública e o pagamento do valor acordado garantem a transferência oficial da propriedade. No Brasil, essa transferência deve ser registrada no cartório de imóveis para que seja válida perante a lei.
Aspectos legais e impostos envolvidos na venda
A venda de um imóvel envolve alguns aspectos jurídicos e fiscais que precisam ser observados. O principal imposto é o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), que geralmente é pago pelo comprador, mas é importante que o vendedor forneça todas as informações corretas para o cálculo.
O ITBI é calculado em porcentagem, mas como quem recebe esse valor é a prefeitura, o valor varia de cidade para cidade. Em São Paulo, por exemplo, é cobrado 3% do valor do negócio fechado. Em algumas outras cidades, o ITBI fica perto de 2% do valor do imóvel.
Além disso, o vendedor pode ter que pagar o IR (Imposto de Renda) sobre o ganho de capital, caso haja lucro na venda. Para isso, é necessário declarar o imóvel na declaração de imposto de renda e, se necessário, pagar o imposto devido. A contratação de um profissional especializado ajuda a garantir o cumprimento de todas as obrigações legais e evitar problemas futuros.
Os vendedores devem estar atentos ao Imposto de Renda sobre o lucro da venda, que pode variar entre 15% a 22,5%. É aconselhável consultar um contador para entender melhor as implicações fiscais.
Augar um Imóvel
Alugar um imóvel é uma alternativa prática e acessível para quem busca moradia ou espaço comercial, mas envolve cuidados e conhecimentos específicos para garantir uma negociação segura e sem complicações. Veja abaixo as principais informações para quem deseja alugar ou disponibilizar um imóvel.
Diferenças entre aluguel residencial e comercial
O aluguel residencial refere-se a imóveis destinados à moradia, enquanto o comercial envolve espaços usados para negócios, lojas ou escritórios. As principais diferenças incluem:
Contratos: a duração padrão de contratos residenciais costuma ser de 12 meses, podendo ser renovados, enquanto os comerciais podem ter prazos mais flexíveis, de acordo com a negociação.
Reajustes: os valores de aluguel residencial geralmente são reajustados com base no índice IGPM ou IPCA, enquanto os comerciais podem seguir cláusulas específicas acordadas entre as partes.
Direitos e deveres: no residencial, a legislação (Lei do Inquilinato) é mais rígida na proteção do inquilino, enquanto no comercial, há maior liberdade de negociação.
Despesas: no residencial, normalmente, o proprietário cobre algumas despesas, enquanto no comercial, o contrato pode definir responsabilidades diferentes.
Direitos e deveres de locatários e locadores
Direitos e Deveres do Proprietário (Locador)
Direitos
- Receber o aluguel e os encargos (condomínio, IPTU, seguro, etc., quando previsto).
- Retomar o imóvel nos casos previstos em lei (fim do contrato, falta de pagamento, necessidade de uso próprio, venda, reforma etc.).
- Exigir garantia de locação (caução, fiador, seguro fiança ou título de capitalização).
- Cobrar multa rescisória se o inquilino sair antes do prazo (quando prevista no contrato).
Deveres
- Entregar o imóvel em condições de uso (habitável e em bom estado).
- Garantir o uso pacífico durante a locação (sem interferências indevidas).
- Pagar impostos, taxas e seguro contra incêndio, salvo se no contrato constar que o inquilino deve arcar.
- Realizar reparos estruturais (problemas de infiltração, telhado, parte elétrica/hidráulica estrutural).
- Fornecer recibo de pagamento de aluguel e encargos.
Direitos e Deveres do Inquilino (Locatário)
Direitos
- Usar o imóvel conforme previsto em contrato (moradia, comércio etc.).
- Ter o imóvel em condições de uso.
- Ser informado previamente de eventual venda do imóvel (com direito de preferência para comprar).
- Receber recibo de aluguel pago.
- Pedir desconto proporcional no aluguel se o imóvel tiver problemas que prejudiquem o uso e não sejam causados pelo inquilino.
Deveres
- Pagar aluguel e encargos nas datas combinadas.
- Zelar pelo imóvel e devolvê-lo no estado em que recebeu (salvo desgaste natural do uso).
- Realizar reparos de pequeno porte (ex.: troca de lâmpada, resistência de chuveiro, manutenção de torneiras).
- Permitir a vistoria do imóvel (em horário razoável e combinado).
- Avisar sobre problemas no imóvel que necessitem reparo do proprietário.
- Respeitar a destinação do imóvel (não usar residencial como comercial, por exemplo).
- Devolver as chaves ao final da locação.
Em caso de conflitos
Acordo amigável sempre é a primeira opção.
Se não resolver, pode-se buscar o Juizado Especial Cível (para causas até 40 salários-mínimos) ou ação judicial comum.
Como elaborar um contrato de locação
O contrato de locação deve ser claro, detalhado e assinado por ambas as partes. É recomendável que seja elaborado por um advogado ou por um profissional de confiança. Os pontos essenciais incluem:
- Identificação completa do locador e locatário.
- Descrição detalhada do imóvel.
- Valor do aluguel, formas de pagamento e reajustes.
- Prazo de locação.
- Responsabilidades por manutenção, encargos e despesas.
- Cláusulas de garantias e penalidades por descumprimento.
- Condições de renovação ou rescisão.
Garantias locatícias: fiador, caução, seguro-fiança
Para garantir o cumprimento do contrato, o locador pode solicitar uma das seguintes garantias:
Fiador: pessoa que garante o pagamento, assumindo responsabilidades em caso de inadimplência.
Caução: depósito de até 3 meses de aluguel, que fica retido como garantia e é devolvido ao final do contrato, descontadas eventuais despesas de reparo.
Seguro-fiança: apólice de seguro que cobre o aluguel e encargos em caso de inadimplência, indicado para quem não possui fiador.
Escolher a garantia adequada depende do perfil do inquilino e da negociação entre as partes.
Tipo de Garantia | Vantagens | Desvantagens |
---|---|---|
Fiador | Menor custo inicial | Necessita de um fiador solvente |
Caução | Simplicidade na devolução | Pode ser um valor alto |
Seguro-fiança | Menos burocracia | Custo mensal adicional |
Dicas para encontrar inquilinos e evitar problemas
- Solicitar documentação completa: comprovantes de renda, referências pessoais e profissionais, certidões negativas.
- Realizar análise de crédito: verificar se o candidato tem bom histórico financeiro.
- Utilizar imobiliárias ou plataformas confiáveis: que oferecem serviços de seleção de inquilinos.
- Estabelecer condições claras no contrato: definir reajustes, responsabilidades e condições de rescisão.
- Exigir garantias adequadas: para proteger o imóvel e o recebimento do aluguel.
- Manter uma boa comunicação: para resolver possíveis problemas de forma amigável e evitar conflitos futuros.
Aspectos Legais e Regulatórios
A legislação imobiliária no Brasil exige atenção. O registro de imóveis é essencial para garantir a legalidade das transações. O ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) varia de 2% a 4% do valor do imóvel, dependendo do município, e deve ser pago antes da transferência da propriedade.
Tendências do Mercado Imobiliário no Brasil
Tecnologia e Inovação
Plataformas digitais, como a Loft, Zap ou 5A, estão revolucionando e melhorando a forma como as transações imobiliárias são realizadas, oferecendo maior transparência e facilidade para compradores e locatários.
Sustentabilidade
A demanda por imóveis que atendem a critérios ecológicos está crescendo. Propriedades com eficiência energética e práticas sustentáveis estão se tornando cada vez mais valorizadas.
Co-living
Os modelos de moradia compartilhada, ou co-living, estão em alta, especialmente entre jovens profissionais que buscam reduzir custos de moradia sem abrir mão de qualidade.
Principais Erros ao Comprar, Vender ou Alugar Imóvel no Brasil
Ao Comprar um Imóvel
Não verificar a documentação completa do imóvel
Comprar sem consultar a matrícula, certidões negativas e registros atualizados pode resultar em problemas futuros, como dívidas, ônus ou até mesmo a perda do bem.
Não fazer uma avaliação de mercado
Comprar por um valor acima do mercado ou sem uma avaliação adequada pode gerar prejuízos e dificuldades na revenda futura.
Negligenciar a análise da localização
Ignorar fatores como segurança, infraestrutura, acessibilidade e potencial de valorização pode comprometer o investimento.
Não consultar um profissional especializado
Comprar sem o suporte de um corretor, advogado ou avaliador pode levar a decisões mal-informadas ou a negociações desfavoráveis.
Ignorar os custos adicionais
Não considerar impostos (ITBI, ITCMD – imposto cobrado pelos Estados sobre heranças e doações de bens), taxas de cartório, despesas de reformas ou manutenção pode afetar sua capacidade financeira ao longo do tempo.
Ao Vender um Imóvel
Não preparar o imóvel para venda
Deixar o imóvel desorganizado, sem manutenção ou melhorias pode reduzir seu valor e dificultar a venda rápida.
Estabelecer um preço incompatível com o mercado
Preços muito altos assustam compradores; preços muito baixos geram prejuízo. A avaliação de mercado é essencial.
Ignorar a importância da documentação
Vender sem a documentação em dia pode atrasar ou inviabilizar a transferência de propriedade, além de gerar desconfiança.
Falta de uma estratégia de marketing eficiente
Divulgar em canais inadequados ou não investir em fotos de qualidade pode limitar o alcance e o interesse pelo imóvel.
Negociar sem respaldo jurídico
Firmar contratos informais ou sem cláusulas claras pode gerar conflitos ou problemas legais posteriores.
Ao Alugar um Imóvel
Não fazer uma análise completa do inquilino
Não verificar referências, renda, ou antecedentes pode resultar em inadimplência ou problemas com o locatário.
Falta de contrato bem elaborado
Contratos genéricos ou omissos podem gerar dificuldades na resolução de problemas, como atrasos de pagamento ou danos ao imóvel.
Negligenciar as garantias
Aceitar garantias frágeis ou inexistentes aumenta o risco de inadimplência ou prejuízo.
Desconsiderar a vistoria e o estado do imóvel
Negligenciar a vistoria antes e depois da locação pode dificultar a cobrança de reparos ou devolução do depósito.
Não atualizar valores ou condições
Manter o aluguel por períodos longos sem reajustes pode prejudicar a rentabilidade e aumentar o risco de inadimplência.
Bairros em São Paulo com Maior Valorização
Um levantamento feito pela Loft mostrou que Tremembé, Campos Elísios, Itaquera e Liberdade foram os bairros de São Paulo que mais valorizaram em janeiro de 2025, considerando janeiro de 2024. Essas áreas valorizaram 30% ou mais no período.
Os dados de transações foram obtidos por meio de informações do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), base da Prefeitura. Foram analisados 4,1 mil registros de venda na cidade no período, em bairros que tiveram ao menos 25 transações em cada mês.
Tire Dúvidas com o Especialista em Financiamento
A Loft ouviu Andrew Storfer, economista da Anefac, sobre as principais dúvidas sobre financiamento de imóveis. Veja as respostas:
1. O que o consumidor precisa saber antes de financiar?
Imóvel é um bem de valor alto e muito relevante na vida das pessoas. (…) Esse comprometimento pode ser de até 30% da renda. Por isso é importante levar em conta que é um compromisso alto por muitos anos.
2. Se estiver com o nome sujo consegue o financiamento?
É quase certo que não.
3. Como devem ser as finanças ao longo dos 20 ou 30 anos?
Deve haver equilíbrio para sustentar o financiamento. Pelo sistema SAC (Sistema de Amortização Constante) o valor das prestações diminui com o tempo, enquanto o patrimônio aumenta.
4. Há diferença em financiar direto com a construtora?
Normalmente as construtoras terceirizam com bancos, mas algumas oferecem financiamento direto, que pode ter vantagens como rapidez, juros mais baixos e flexibilidade.
5. Por que optar pelo financiamento em vez de alugar?
Comprar significa segurança em ser dono do imóvel. Alugar traz flexibilidade, dependendo das mudanças de vida e localização. A valorização do imóvel é fator decisivo.
6. O que ocorre se não puder pagar as parcelas?
Há possibilidade de renegociação. Em casos extremos, o financiador pode retomar o imóvel e vendê-lo a mercado.
Como Está o Mercado Imobiliário no Brasil
O mercado imobiliário brasileiro fechou 2024 com desempenho robusto. Segundo a CBIC, os lançamentos aumentaram 18,6% e as vendas 20,9% em relação a 2023. Foram lançados 383.483 apartamentos, e as vendas somaram 400.547 unidades.
O VGL cresceu 20,72% e o VGV, 22,45%. Para 2025, a expectativa é de desempenho robusto com a criação da Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, atendendo famílias de classe média com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil.
De acordo com o Índice FipeZap, houve valorização média de 7% nos preços dos imóveis em capitais como São Paulo e Brasília em 2023. Porém, as taxas de juros entre 8% e 10% ao ano ainda afetam o financiamento.
Tendências e Previsões para 2025 e 2026
Valorização de regiões em crescimento com infraestrutura de transporte, saúde e lazer.
Aumento na demanda por imóveis sustentáveis e tecnológicos, com certificações ambientais e automação.
Crescimento do mercado de médio e alto padrão, especialmente em capitais e regiões turísticas.
Expansão de imóveis para aluguel, incluindo modelos de assinatura e co-living.
Digitalização do setor, com visitas virtuais, assinatura digital e inteligência artificial.
Impacto das políticas governamentais e taxas de juros, que influenciam acesso ao crédito.
Influência da economia e inflação sobre confiança e ritmo de vendas.
Mercado de novos empreendimentos, com imóveis de baixa e média renda, além de alta tecnologia.