longevidade ativa
Imagem: Fabio Camandona/iStock

O envelhecimento populacional brasileiro abriu uma nova oportunidade no mercado imobiliário: empreendimentos voltados à longevidade ativa. A chamada ‘Economia Prateada’ movimentou R$ 1,8 trilhão no país em 2024 e deve chegar a R$ 3 trilhões até 2030, segundo dados do setor.

Segundo projeção da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil será o quinto país com maior população acima de 60 anos até 2030. Até 2050, esse contingente deve dobrar, passando de 25 milhões para 50 milhões de pessoas.

O público 65+ forma hoje o grupo de consumidores que mais cresce, com renda média acima da nacional. São pessoas que valorizam autonomia, experiências e localização central, rejeitando o isolamento tradicional de instituições para idosos.

“O envelhecimento da população não é um problema, é uma oportunidade de inovação”, diz Alexandre Frankel, CEO da Housi, ao jornal Folha de S.Paulo.

Projetos milionários no setor

Em São Paulo, duas incorporadoras lideram a tendência: a Housi, em parceria com a Vitacon, e a Naara, do empresário Joseph Nigri, filho de Meyer Nigri (fundador da Tecnisa). Ambas escolheram Higienópolis, na região central da cidade, para estrear no conceito.

A Housi lança o Senior Living by Housi, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 400 milhões. O projeto oferece apartamentos de 27 m² a 85 m², tecnologia IoT (internet das coisas) e serviços pay-per-use, como já adiantou o Portas.

“A ideia é manter a independência por mais tempo, cercada de segurança e conveniência”, diz Frankel. Neste modelo, a Housi planeja expansão para Rio de Janeiro, Vitória, Belo Horizonte, Goiânia, Santos e Balneário Camboriú.

“Há um espaço enorme para criar produtos que conversem com esse momento da vida”, afirma Frankel. Ele aponta, no entanto, que desafio será escalar o modelo para faixas de renda mais amplas sem perder qualidade.

Já o empreendimento da Naara (R$ 150 milhões) será voltado para moradores com 75 anos ou mais. O projeto conta com 104 apartamentos de 100 m² a 140 m² e 34 estúdios.

“Queremos criar um ambiente acolhedor, com vida social ativa e sensação de comunidade”, diz Nigri. “Eu venho estudando há dez anos o senior living para desenvolver a Naara. Entendemos que há um mercado enorme pela frente a ser explorado”, complementa.

Os preços dos apartamentos partem de R$ 28 mil por m², com condomínio mensal estimado em R$ 6.500. A operação de serviços ficará a cargo da HCC Hotéis e da True Health.

“Nosso projeto não é uma ILPI [Instituição de Longa Permanência para Idosos], é um residencial normal, mas adaptado para essa faixa etária”, explica Marcelo Nudelman, CEO da Think Construtora, parceira da obra.

A Naara também vai alterar parte das unidades para locação, apostando em renda recorrente.

*Com informações de Folha de S.Paulo

Marcela Guimaraes
Marcela Guimarães

editora/redatora

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)