novo crédito imobiliário
Imagem: Brunomartinsimagens/iStock

O novo modelo de crédito imobiliário anunciado pelo governo Lula na semana passada pode impulsionar lançamentos de empreendimentos, na avaliação do mercado.

A medida eleva o limite máximo para financiar imóveis no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, com taxa de juros limitada a 12% ao ano.

Segundo Renato Correia, presidente da Associação Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), cerca de R$ 37 bilhões chegarão ao mercado já no próximo ano. “Se calcularmos os 5% que deixam de entrar no depósito compulsório no Banco Central, são cerca de R$ 37 bilhões que já serão jogados no mercado. A vantagem é a disponibilidade desse financiamento, e cada banco vai definir como usar”, explica.

“Mas para quem compra, o aumento do limite do financiamento para R$ 2,25 milhões e ter uma taxa de juro abaixo da média de mercado hoje, vai facilitar. Há tendência de vermos mais projetos (no mercado imobiliário)”, conclui.

O executivo explica que a classe média, pressionada pelo teto anterior de R$ 1,5 milhão fixado em 2018, será a maior beneficiada. “Quem ganha até R$ 12 mil está contemplado pelo Minha Casa, Minha Vida, em apartamentos até R$ 500 mil. Mas quem ganha acima disso tem dificuldade de comprar”, afirmou Correia.

Adesão dos bancos

A Caixa Econômica Federal, maior agente financiador do setor, já anunciou que voltará a financiar 80% dos imóveis residenciais. Ana Maria Castelo, da Fundação Getulio Vargas/IBRE, destaca a expansão na oferta de crédito, mas alerta sobre a adesão dos demais bancos.

“Agora é ver se, na melhor das hipóteses, os demais bancos vão aderir. Eles não parecem satisfeitos com a limitação dos juros em 12% ao ano num momento de crédito muito caro”, explica. Ela ressalta que foram criados estímulos para financiar imóveis abaixo de R$ 1 milhão, evitando direcionar recursos apenas para faixas de renda mais altas.

A XP projeta que o novo modelo, somado à ampliação do Minha Casa, Minha Vida, pode adicionar 0,1 ponto percentual no crescimento do PIB em 2026.

No mesmo sentido, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) vê a medida como um “avanço importante” para ampliar o acesso da classe média aos imóveis.

*Com informações de O Globo

Marcela Guimaraes
Marcela Guimarães

editora/redatora

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)