novos modelos de moradia
Imagem: fredcardoso/iStock

Comuns no exterior, diferentes tipos de moradias, como tiny houses (microapartamentos), flex living (imóveis por assinatura) e cohousing (comunidades colaborativas) vêm despertando o interesse dos brasileiros. É o que revela a pesquisa Ipsos-Ipec. A redução de custos e a simplicidade atraem potenciais adeptos.

Por outro lado, a pesquisa mostra que a falta de privacidade ainda limita a aceitação de opções compartilhadas. O levantamento feito a pedido do QuintoAndar entrevistou 2.485 pessoas das classes A, B e C em todo o Brasil.

Tiny houses e flex living atraem mais pelo custo reduzido

Entre as alternativas do mercado, as tiny houses – ou compactos – aparecem como a mais bem aceita: 69% dos entrevistados afirmaram que “se imaginam” ou “talvez morassem” nesses microapartamentos, enquanto apenas 17% rejeitam totalmente a ideia.

O principal motivo para a adesão é a possibilidade de reduzir o custo de vida (36%), seguida pela busca por um estilo de vida mais sustentável (34%). Por outro lado, 84% dos que rejeitam o modelo apontam a necessidade de mais espaço, e 42% citaram a falta de privacidade.

Outro modelo que chamou a atenção foi o flex living. Considerado por 60% dos entrevistados, o formato oferece aluguel por curtos períodos sem burocracias e já inclui imóveis mobiliados.

Além da economia, a curiosidade e o desejo de experimentar algo novo influenciam a escolha. No entanto, 47% dos que descartam a opção mencionam desconforto com as regras dessas moradias.

Coliving e cohousing esbarram na falta de privacidade

Os modelos mais compartilhados, como coliving (repúblicas) e cohousing (comunidades cooperativas), são os menos aceitos no Brasil.

No coliving, a rejeição chega a 55%, segundo o estudo. Já no cohousing, que oferece espaços privados e áreas comuns, 56% dos entrevistados consideraram a opção viável. Porém, em ambos os casos, a falta de privacidade foi o principal entrave para a adesão por mais de 80% dos respondentes.

“Critérios como privacidade e espaço individual são fundamentais. Muitas pessoas veem sua casa como um refúgio em um mundo caótico”, afirma Marcia Cavallari, diretora da Ipsos-Ipec.

“Ter um imóvel próprio não é um sonho que se abandona com o tempo. Ele pode ser planejado e construído”, reforça Cavallari.

Ainda assim, os novos formatos ganham espaço como alternativa, especialmente para os jovens. Para Thiago Reis, diretor de comunicação do QuintoAndar, os modelos colaborativos podem atrair até a população mais velha futuramente, oferecendo segurança e convivência comunitária.

*Com informações de Seu Dinheiro

Marcela Guimaraes
Marcela Guimarães

editora/redatora

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)