
A OLX anunciou o fim da parceria com a fintech Creditas para garantia locatícia, após três anos de colaboração. Simultaneamente, a empresa investiu US$ 5 milhões na CredAluga, tornando-se sócia minoritária da startup especializada em soluções para o mercado de locação, de acordo com reportagem do portal NeoFeed.
A decisão marca uma mudança estratégica da OLX no segmento de garantias locatícias. “Avaliamos em comum acordo que era melhor escolher caminhos separados”, afirmou Daniel Ricci, líder de soluções imobiliárias da Creditas, ao jornal Estadão.
Com a mudança, a Creditas – que tinha acordo de exclusividade com a OLX – passa a oferecer o serviço de garantia locatícia para outras plataformas de anúncios e também diretamente para as imobiliárias.
Em relação aos contratos já firmados entre OLX e Creditas, as duas empresas afirmam que nada muda para os clientes, que manterão contratos ativos de locação com a garantia dos aluguéis sem qualquer prejuízo.
CredAluga, OLX e aportes
Como sócia minoritária da CredAluga, a OLX amplia o alcance da fintech por meio dos portais imobiliários (OLX, ZAP, VivaReal) que possuem 34 mil clientes e concentram mais da metade de sua receita.
“Qualquer inquilino do Brasil procura imóvel num dos três portais da OLX”, afirma Guilherme Blumer, cofundador da CredAluga. Segundo ele, a parceria prevê integração de produtos e o uso da base de dados da OLX para acelerar o desenvolvimento de novas soluções para o mercado de locação.
A fintech oferece atualmente o Fiança CredAluga e o Fundo CredAluga, dois produtos que eliminam a figura do fiador em contratos de aluguel, atendendo mais de 1,5 mil imobiliárias em 500 cidades, de acordo com a empresa.
A Loft lidera no segmento de fiança aluguel, com 500 mil contratos sob gestão.
A CredAluga captou R$ 60 milhões em setembro, em rodada liderada pela Provence Partners, com participação da Caravela Capital, Honey Island 4UM e Norte Ventures. A empresa possui hoje 30 mil contratos ativos e meta é chegar a 300 mil até 2030.
O mercado de locação brasileiro movimenta cerca de R$ 36 bilhões, impulsionado pelas altas taxas de juros.

