Veja o resumo da noticia

  • Mercado de imóveis comerciais em 2025: locação supera venda, com valorização de 8,38% impulsionada pelo índice FipeZap.
  • Dezembro de 2025: Estimativa de maior alta histórica na locação comercial, superando o desempenho de 2013.
  • Desaceleração no curto prazo: leve aumento nos aluguéis e estabilidade nos preços de venda de imóveis comerciais.
  • Destaque na locação: Niterói, Brasília e Campinas lideram valorização acima da inflação em 12 meses.
  • Curitiba e Salvador se destacam com aumentos acima da inflação nos preços de venda de imóveis comerciais.
  • Rentabilidade: Locação comercial (7,09%) supera a residencial (5,94%), mas ambas abaixo de aplicações financeiras.
  • São Paulo lidera o ranking de valor médio de venda, enquanto os preços de locação também são os mais altos.
Ano consolidou retomada do aluguel comercial
Ano consolidou retomada do aluguel comercial

Com os dados de 2025 praticamente completos, o segmento de imóveis comerciais mostra uma evolução distinta entre a venda e o aluguel. O preço médio de locação acumula valorização de 8,38% nos últimos 12 meses até novembro, mais de três vezes do que o de venda, que sobe 2,66% no período. Os dados são do Índice FipeZap.  
 
Os resultados de dezembro só serão conhecidos no início de 2026. Mas, por ora, é possível estimar que a variação anual do valor médio de locação comercial deve superar toda a série histórica do Índice Fipezap, incluindo o ano inicial de 2013, quando subiu 5,13%. Confira estudo sobre as ruas com maior alta do aluguel comercial em 2025.

“Mantido um resultado mensal próximo da média recente, a variação em 12 meses da locação comercial em dezembro de 2025 tem alta probabilidade de se tornar a maior da série histórica, salvo um resultado atípico no mês”, afirma Alison Oliveira, coordenador do FipeZap.
 
Já o preço de venda comercial deve perder apenas para o desempenho anual de 2013, quando subiu 9,36%. De 2015 a 2023, o indicador de venda mostrou variação negativa e, em 2024, registrou leve alta de 0,40%.  
 
No curto prazo, a pesquisa mostrou desaceleração nas duas análises. O valor do aluguel comercial saiu de alta de 0,54% em outubro para avanço de 0,44% em novembro. Já os de venda ficaram estáveis, com aumento de 0,07%, depois de alta de 0,10%, na mesma comparação. 
 
Entre as cidades pesquisadas, também fica evidente a diferença de comportamento no segmento comercial. Para locação, nove locais tiveram valorização acima da inflação em 12 meses até novembro. Confira a lista:  

Niterói (+20,07%) 
Brasília (+17,54%) 
Campinas (+14,96%) 
Florianópolis (+12,27%) 
São Paulo (+8,41%) 
Curitiba (+8,19%) 
Rio de Janeiro (+7,85%) 
Salvador (+7,37%) 
Belo Horizonte (+7,09%) 

No entanto, a lista de aumentos acima da inflação, em 12 meses, se reduz para apenas duas cidades quando se compara o preço de venda. São elas: 

Curitiba (+11,56%) 
Salvador (+6,23%) 

Para investidores, os dados evidenciam que, em 2025, foi mais vantajoso apostar na locação comercial do que na residencial. A rentabilidade média para aluguel de salas e conjuntos comerciais de até 200 metros quadrados foi estimada em 7,09% ao ano, segundo o FipeZap, enquanto a rentabilidade estimada para locação de residências foi de 5,94% ao ano.

“Entretanto, ambas as taxas se encontram abaixo do retorno médio projetado de aplicações financeiras de referência do mercado”, destaca o comunicado do Índice FipeZap. Saiba mais sobre o mercado de escritórios na capital paulista.

No ranking de valor médio de venda de imóveis comerciais, a liderança fica com São Paulo. Confira:  

São Paulo: R$ 10,415 o metro quadrado 
Curitiba: R$ 8.946 o metro quadrado 
Florianópolis: R$ 8.790 o metro quadrado 
Rio de Janeiro: R$ 8.426 o metro quadrado 
Niterói: R$ 8.023 o metro quadrado 
Brasília: R$ 7.003 o metro quadrado 
Campinas: R$ 6.490 o metro quadrado 
Porto Alegre: R$ 6.381 o metro quadrado 
Belo Horizonte: R$ 6.313 o metro quadrado 
Salvador: R$ 5.546 o metro quadrado 

Os preços médios de locação comercial também mostram São Paulo no topo, mas há duas cidades de médio/grande porte mais caras do que cinco capitais. Veja: 
 
São Paulo: R$ 58,69 o metro quadrado 
Florianópolis: R$ 50,52 o metro quadrado 
Rio de Janeiro: R$ 49,28 o metro quadrado 
Campinas: R$ 46,89 o metro quadrado 
Niterói: R$ 46,24 o metro quadrado 

Salvador: R$ 45,19 o metro quadrado 
Brasília: R$ 41,12 o metro quadrado 
Curitiba: R$ 40,44 o metro quadrado 
Porto Alegre: R$ 34,58 o metro quadrado 
Belo Horizonte: R$ 34,41 o metro quadrado 

Jornalista Hugo Passarelli
Hugo Passarelli

É jornalista com mais de 15 de anos de experiência em grandes veículos, como o Estado de S.Paulo e Valor Econômico. Acredita que morar bem pode estar a um clique de distância. Colabora com o Portas como jornalista autônomo, contribuindo com reportagens e análises sobre o setor imobiliário.

É jornalista com mais de 15 de anos de experiência em grandes veículos, como o Estado de S.Paulo e Valor Econômico. Acredita que morar bem pode estar a um clique de distância. Colabora com o Portas como jornalista autônomo, contribuindo com reportagens e análises sobre o setor imobiliário.