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aluguel subindo inflação
Imagem: Valerii Evlakhov/iStock

O preço dos aluguéis acumula alta de 6,83% de janeiro a agosto deste ano, ante 3,15% da inflação no período, de acordo com o Índice FipeZap divulgado esta semana. Segundo manchete publicada pelo InfoMoney, os aluguéis subiram 0,66% em média em agosto, superando a inflação mensal após três meses de majorações abaixo da alta geral dos preços, medidos pelo IPCA, que registrou recuo de 0,11% no mês.

O dado tem alcance nacional, visto que foi extraído do monitoramento de 22 capitais. Entre elas as maiores altas foram registradas em Brasilia, Teresina e Belém. No recorte por tipo de imóvel, o destaque segue para os apartamentos de um dormitório. Esses acumulam alta de 10,99% nos últimos doze meses.

Olhando de uma maneira mais amplificada, essa é mais uma notícia que confirma o fôlego até aqui interminável do aquecimento do segmento de aluguel. Sustentado, principalmente, pela manutenção da taxa Selic entre as mais altas do mundo, e pelas características comportamentais das novas gerações, que estão buscando mais apartamentos pequenos para morarem sozinhos, por mais tempo, do que as anteriores.

Trata-se, portanto, de notícia positiva, que aponta para mais transações. Porém vale sempre o alerta: a inadimplência do aluguel também está em alta, e o aumento constante de preços tende, naturalmente, a ser um impulso adicional para a escalada dela.

Nesta situação é recomendável que as imobiliárias liguem dois sinais de alerta importantíssimos para fazer de fato bons negócios neste tipo de maré do mercado. O primeiro é lançar mão das melhores e mais confiáveis ferramentas técnicas para fazer o ajuste e reposicionamento de preço dos imóveis corretamente.

E o segundo é empregar o máximo de atenção tanto na seleção de inquilinos quanto nas tratativas de cobrança do aluguel. A disputa pelo rendimento regular das pessoas é cada vez maior, em tempos de tigrinhos e bets desenfreadas.

Portanto, as imobiliárias precisam agir rápido e de maneira consistente tanto na entrada quanto na cobrança do aluguel. De maneira a deixar claro para os inquilinos a importância de se pagar o aluguel e demais despesas do imóvel em dia, diante do risco de um eventual despejo. As despesas de moradia precisam ser mantidas como prioridade no orçamento doméstico, inclusive das novas gerações.

Reforma Tributária

O noticiário desta semana traz também destaque para a cobertura dos efeitos que a reforma tributária terá sobre o mercado imobiliário. Em coluna publicada no Estadão, Maria Carolina Gontijo, a Duquesa de Tax, comenta o que muda com a reforma tributária para inquilinos e proprietários, a partir de janeiro de 2027.

A coluna destaca que a lei cria uma regra segundo a qual quem receber mais de R$ 240 mil de aluguel por ano em aluguéis envolvendo ao menos quatro imóveis distintos, ou quem vender mais de três unidades no mesmo ano, passará a recolher IBS e CBS. Ela também ressalta que haverá situações em que a carga de impostos vai cair.

Para ajudar as imobiliárias a se informarem e se prepararem para as mudanças que estão por vir, o time do Portas está preparando um conteúdo especial sobre os efeitos da reforma tributária sobre o mercado imobiliário.

Por enquanto só posso compartilhar esse spoiler. Mas em breve voltaremos com mais novidades sobre o tema. Venham com a gente!