As imobiliárias que quiserem crescer em 2025 precisam olhar com atenção para duas tendências que já estão transformando o comportamento dos clientes. A primeira é a busca crescente por apartamentos funcionais, capazes de assumir múltiplos usos no dia a dia: quarto que vira escritório, sala que se adapta ao trabalho híbrido, espaços que se transformam conforme a rotina. A segunda é a expansão acelerada do home equity, uma alternativa de crédito que pode resolver problemas de liquidez de proprietários, destravar negociações paradas e gerar receita adicional para as imobiliárias que souberem orientar corretamente seus clientes.
Essas duas portas de entrada — produto e financiamento — ajudam o corretor a sair da conversa tradicional baseada apenas em metragem, preço e bairro, e o colocam em um papel mais consultivo, que é justamente onde está o maior valor do mercado hoje.
A tendência dos espaços multifuncionais ganhou ainda mais força no pós-pandemia, como mostra reportagem do Metro Quadrado. O segundo quarto virou escritório, a varanda virou local de trabalho, e muitos compradores hoje priorizam versatilidade acima de qualquer outro atributo. É função da imobiliária traduzir isso em captação — buscando imóveis que já ofereçam essa flexibilidade — e também em anúncio, valorizando de forma explícita elementos como espaço pet, áreas de academia, boa iluminação e ambientes integrados, que são alguns dos itens mais mencionados nas pesquisas de demanda.
Do lado da liquidez e do timing de mercado, nova matéria do Portas revela que 68% das transações imobiliárias no país foram fechadas com desconto no 3º trimestre de 2025, segundo dados da FipeZAP, com dedução média de 11%. Isso indica que muitos proprietários estavam dispostos a negociar valores — o que abre espaço para a imobiliária se colocar como intermediadora ativa.
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Para o comprador que está “esperando os juros caírem”, o argumento é claro: o desconto existe agora, por urgência de venda — e pode não estar mais disponível amanhã.
E, se o comprador ou proprietário enfrenta dificuldade de vender ou precisa de liquidez imediata, o home equity se tornou uma alternativa concreta ainda mais atraente: permite acessar parte significativa do valor do imóvel sem vendê-lo, e ainda mantém o cliente dentro da própria imobiliária — que pode intermediar o crédito e depois oferecer os serviços de locação ou venda no momento ideal.
No fim, o padrão é claro: o mercado imobiliário está em movimento, e os vencedores serão aqueles que tratam informação como ferramenta de ação. As matérias, dados e pesquisas não são apenas leitura; elas orientam captação, ajudam a montar anúncios mais eficientes, direcionam times e mostram onde estão as ondas de demanda.
O mercado recompensa quem entrega valor e visão — e as imobiliárias que se moverem agora ocuparão o espaço mais lucrativo.
