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tíquete médio no mercado imobiliário
Imagem: Max Zolotukhin/iStock

Duas reportagens publicadas nesta semana reforçam uma impressão que eu já vinha tendo do atual momento do mercado de compra e venda de imóveis, a partir das conversas diárias com nossas parceiras imobiliárias: o ambiente é de aquecimento, mas nem tanto pelo aumento unitário das vendas, mas sim muito mais por conta da valorização dos imóveis.

Texto publicado pela Reuters traz dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) sobre os resultados do primeiro semestre que corroboram com esta tendência. O volume de moradias vendidas em todo país subiu 9,6% entre janeiro a junho deste ano sobre o mesmo período de 2024, chegando a 206,9 mil. Enquanto os lançamentos cresceram 6,8% na mesma comparação, para 186,5 mil unidades.

Um dos motivos desta expansão, de acordo com a matéria, foi o bom desempenho das novas faixas do Programa Federal MCMV (Minha Casa Minha Vida), voltada para famílias com renda mensal de até R$ 12 mil.

Importante notar que este aumento no volume de vendas, puxado principalmente pelos lançamentos, pressiona a oferta de terrenos e o estoque de imóveis. O que, por sua vez, puxa para cima a média dos valores de venda.

Este movimento é ainda mais claro e importante no segmento de luxo e superluxo em São Paulo, maior mercado imobiliário do país. É o que mostra texto da Forbes intitulado: “Luxo e superluxo além do Itaim Bibi: mercado imobiliário para super-ricos floresce em outras regiões”.

A reportagem afirma justamente que “com a escassez de terrenos nos eixos tradicionais”, o mercado imobiliário de superluxo se volta com força para Pinheiros e bairros vizinhos, “inclinando a mancha do luxo mais para a região Oeste da capital paulista”.

Segundo dados da Consultoria Brain Inteligência Estratégica, foram lançados no segundo trimestre deste ano 1.145 unidades destinadas aos super-ricos na cidade de São Paulo. Pinheiros concentrou 26% deste montante, contra 4% do Itaim, por exemplo.

O que mais interessa, no meu ponto de vista, deste cenário desenhado no noticiário é que quem quiser surfar este aquecimento das vendas deve ficar atento para focar seus esforços nos imóveis que estão puxando este momento positivo, principalmente pelo aumento do tíquete médio.

É importante buscar essas oportunidades que estão muito valorizadas – tanto da nova faixa do MCMV quanto do luxo e superluxo – na captação de imóveis e de leads.

Mesmo com as dificuldades no financiamento trazidas pela manutenção da taxa Selic num patamar muito alto, o mercado está oferecendo ótimas oportunidades de negócio para quem tiver o produto certo para o comprador adequado.