Barra Funda é vitrine de imóveis compactos em SP

Localizada na zona Oeste de São Paulo, bem próxima ao centro, a Barra Funda lidera os lançamentos imobiliários com foco em unidades compactas na capital. Recentemente, ficou em 3º lugar no ranking do bairro mais “cool” do mundo, do guia britânico Time Out, atrás apenas de Jimbōchō, em Tóquio, e Borgerhout, na Antuérpia.

Os terrenos que antes abrigavam fábricas, armazéns e depósitos da década de 1920 – abandonados no período da “desindustrialização” dos anos 1990 – passaram a atrair artistas, coletivos e pequenos negócios culturais.

Os preços baixos e proximidade do centro também funcionaram como imã para novos moradores da Barra Funda. Essa transição preparou o terreno para o atual ciclo de verticalização pelo qual a região passa atualmente.

“A Barra Funda hoje é um dos bairros que mais concentram lançamentos imobiliários em São Paulo”, afirma Thiago Yaak, CEO da startup Liquid.

E os dados mostram bem essa tendência: em 2024, foram lançadas quase 5 mil novas unidades residenciais, elevando a população local em mais de 130% na última década.

Apartamentos de até 40 m² dominam oferta

Os novos empreendimentos priorizam apartamentos de um e dois dormitórios, com área entre 26 e 40 m², na faixa de R$ 260 mil a R$ 400 mil. O preço médio geral é de R$ 365,1 mil, com área média de 34 m² e valor de R$ 10.739 por metro quadrado.

Empresas como Cury, Plano&Plano, Riva/Direcional, HM e Vivaz lideram essa frente, voltadas ao público de primeiro imóvel. Mas há também espaço para projetos de padrão médio, como o Side Barra Funda, da Trisul. O bairro ainda atrai o alto padrão no entorno, como o Jardim das Perdizes, da Tecnisa.

“Essa diversidade confirma a Barra Funda como polo plural, capaz de atender desde o comprador popular até famílias de classe média”, afirma Yaak.

Segundo a Brain Inteligência Estratégica, o bairro fechou 2024 com 4.982 unidades lançadas, salto de quase 20 vezes ante 2023. A maior parte são plantas de dois dormitórios (3.753 unidades), seguidas por um dormitório (1.229).

Já no mercado de locação, o valor médio para um dormitório (36 m²) é de R$ 2.245, com custo de R$ 63 por metro quadrado. Para dois dormitórios (51 m²), o aluguel médio é de R$ 2.996.

Para quem aposta no bairro, a principal vantagem apontada é a “mobilidade ímpar”, que combina metrô, trem, rodoviária e acesso à marginal, somada a opções culturais como Memorial da América Latina e Allianz Parque.

*Com informações de Folha de S.Paulo