
O percentual de brasileiros morando sozinhos alcançou 18,6% em 2024, representando aumento de 6,4 pontos percentuais em relação a 2012, quando era de 12,2%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (22).
O Rio de Janeiro lidera com 22% de pessoas vivendo sozinhas, seguido por São Paulo (18,4%). O Maranhão apresenta a menor proporção (13,5%). O crescimento dos lares solo impacta o mercado imobiliário, evidenciado pela aposta em microapartamentos.
Segundo analistas do IBGE, o movimento está relacionado ao envelhecimento populacional e mudanças comportamentais que levam mais mulheres a optarem por viver só. “Em boa parte dos domicílios unipessoais vivem pessoas com mais de 60 anos. Nesta fase, os filhos já saíram de casa e muitos ficaram viúvos”, explica William Kratochwill, pesquisador do IBGE.
O aumento da quantidade de lares com pessoas morando sozinhas tem impactos até no mercado imobiliário, com aumento da oferta de mais apartamentos compactos ou microapartamentos, como ocorreu em São Paulo com mudanças também no Plano Diretor da cidade.
Segundo dados do IBGE, em 2024, homens representavam 55,1% das pessoas que moravam sozinhas, enquanto as mulheres correspondiam a 44,9%. A maior parcela situa-se na faixa de 30 a 59 anos, seguida pelos idosos (40%).
Entre homens, 57,2% dos que vivem sozinhos têm de 30 a 59 anos. Já entre as mulheres, a maioria (55,5%) situa-se na faixa dos 60 anos ou mais. “Não por acaso, nos estados onde vivem mais idosos, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, essa porcentagem é maior”, afirma Kratochwill.
*Com informações de ISTOÉ