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Resumo do dia

Caixa aposta em retrofit para ampliar crédito imobiliário no Minha Casa Minha Vida

Banco pretende dobrar contratações em 10 anos e aposta na reforma de prédios antigos para expandir financiamentos, com foco no Minha Casa, Minha Vida; 45 projetos estão em andamento em 5 capitais

Caixa crédito imobiliário retrofit
Imagem: AngelaMacario/iStock

A Caixa Econômica Federal manteve 66,8% de participação no mercado de crédito imobiliário do Brasil no primeiro semestre de 2025, com carteira de R$ 875,5 bilhões, alta de 11,7% em relação a junho de 2024. De acordo com balanço divulgado na quarta-feira (17), a instituição é também a principal operadora do Minha Casa Minha Vida (MCMV), com mais de 99% de participação no programa.

Embora a carteira tenha expandido, os novos contratos de crédito diminuíram 5,6% no período, totalizando R$ 106,7 bilhões. O banco atribui essa retração à produção reduzida do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) comparada a 2024.

Ainda de acordo com o banco, o desempenho do segundo trimestre motivou revisão nas estimativas anuais. A instituição elevou a previsão de contratações de R$ 200 bilhões para R$ 250 bilhões em 2025, impulsionada por recursos de R$ 15 bilhões destinados à classe média no programa habitacional.

Retrofit como estratégia de expansão

Neste cenário, o retrofit – reforma e modernização de prédios antigos – surge como estratégia para ampliar as contratações, com foco no Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Segundo a vice-presidente de habitação da Caixa, Inês Magalhães, estão em andamento 45 iniciativas que transformam edificações existentes em conjuntos residenciais nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Salvador.

A estratégia é disponibilizar unidades do MCMV em regiões centrais. Como as regras atuais equiparam imóveis reformados a construções novas, é possível garantir as mesmas condições de financiamento e uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Nestes casos, as Incorporadoras obtêm vantagens exclusivas: financiamento integral do imóvel original e liberação antecipada de 50% dos recursos, superando o limite de 10% das modalidades tradicionais.

Enquanto isso, um novo modelo de crédito habitacional continua sendo discutido pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda, na tentativa de reduzir a dependência da poupança. A Caixa participa das discussões e, segundo Inês Magalhães, os detalhes deste plano devem ser apresentados no início de outubro.

O objetivo da Caixa é transformar o mercado nos próximos 3 anos e dobrar o estoque de crédito habitacional em 10 anos. Desde 2024, o banco vem diversificando as captações no mercado de capitais para ampliar a oferta de crédito.

*Com informações de Folha de S.Paulo

Marcela Guimaraes
Marcela Guimarães

editora/redatora

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter (revista piauí, rádios CBN, revista GQ e Portal Loft), além de atuar como editora/editora-executiva/editora-chefe (SBT News, rádio CBN, Broadcast/Estadão, Globo Condé Nast e Curto News). Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter (revista piauí, rádios CBN, revista GQ e Portal Loft), além de atuar como editora/editora-executiva/editora-chefe (SBT News, rádio CBN, Broadcast/Estadão, Globo Condé Nast e Curto News). Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)