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Resumo do dia

Câmara do Rio debate regulação de aluguel por temporada

Audiência pública debateu projeto que pretende impor regras para a locação short stay, dividindo opiniões entre vereadores, representantes da rede hoteleira e das plataformas digitais

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aluguel por temporada Rio de Janeiro
Imagem: Freepick

A Câmara de Vereadores do Rio realizou audiência pública na terça-feira (16) para debater o Projeto de Lei 372/2025, que regulamenta a hospedagem de curta temporada em imóveis residenciais, oferecidos por serviços como Airbnb. Os vereadores discutiram também a necessidade de compartilhamento de dados sobre hospedagens pelas empresas do setor.

O projeto, em discussão desde o início do ano, prevê inscrição dos imóveis na prefeitura e autorização em convenções de condomínio. Participaram representantes de hotéis, Fundação Getúlio Vargas (FGV), Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro (Creci-RJ) e Associação Brasileira de Locação por Temporada (ABLT).

O autor do texto debatido entre vereadores e sociedade civil, Salvino Oliveira (PSD), defendeu uma regulamentação específica para o Rio. “A gente quer construir um projeto que tenha a cara da cidade do Rio de Janeiro”, afirmou.

Críticas ao projeto

Por outro lado, o vereador Junior da Lucinha (PSD), que presidiu a sessão, criticou o projeto e alertou contra excesso de burocracia que poderia prejudicar o setor. “Óbvio que há uma necessidade de regulamentação, a gente precisa trazer mais segurança para os proprietários e usuários. Mas é importante distinguir uma regulamentação de uma obstrução de um excesso de burocracia a praticamente extermínio”, afirmou Junior da Lucinha.

Já o presidente da Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara, Pedro Duarte (Novo), questionou a constitucionalidade. “Não cabe uma lei municipal querer redefinir o que está definido numa lei federal”, disse sobre a definição de serviços de hospedagem.

Um estudo da FGV, feito a pedido do Airbnb e apresentado na audiência pública pelo pesquisador Ique Guimarães, mostrou o impacto que as plataformas de aluguel short stay têm na atividade econômica brasileira: R$ 99,8 bilhões em todo o país, e R$ 9,9 bilhões só no Rio.

Setor hoteleiro pede cobrança de ISS

Na outra ponta, o setor hoteleiro, representado por Paulo Henrique, defendeu a cobrança de Imposto sobre Serviços (ISS) das plataformas, e destacou que os serviços hoteleiros geram 20 mil empregos diretos e mais de 65 mil empregos indiretos.

Para Omar Farah, representante da Associação Brasileira de Locação por Temporada (ABLT) destacou o crescimento de 100% nos anúncios de aluguel short stay em cinco anos. Para ele é preciso “desmistificar a atividade”, já que “a rede hoteleira seria incapaz de abraçar grandes eventos da cidade”. Segundo ele, esta é uma movimentação irreversível no mercado de hospedagem.

“Muitos anfitriões são pessoas que precisam do aluguel por temporada. Remar contra a mudança, a tsunami que é a locação por temporada, é muito negativo para milhares de pessoas”, afirmou.

*Com informações de g1

Marcela Guimaraes
Marcela Guimarães

editora/redatora

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter (revista piauí, rádios CBN, revista GQ e Portal Loft), além de atuar como editora/editora-executiva/editora-chefe (SBT News, rádio CBN, Broadcast/Estadão, Globo Condé Nast e Curto News). Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter (revista piauí, rádios CBN, revista GQ e Portal Loft), além de atuar como editora/editora-executiva/editora-chefe (SBT News, rádio CBN, Broadcast/Estadão, Globo Condé Nast e Curto News). Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)