
Garimpar grandes áreas da capital paulista para construção de projetos imobiliários que reúnam milhares de apartamentos num só terreno. Esta é a estratégia da Cyrela por meio da Vivaz, sua subsidiária focada no segmento econômico, mais especificamente no Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
A Vivaz identifica oportunidades e adquire áreas do centro expandido de São Paulo, onde antigas edificações industriais e comerciais deixaram espaços para desenvolvimento residencial. Bairros como Penha, Lapa, Barra Funda e Saúde concentram o interesse da empresa.
Valorização de bairros em transformação
A estratégia foi batizada de “Grand Vivaz“, com objetivo de responder por cerca de um terço dos lançamentos totais da subsidiária ao longo dos próximos dois a três anos. “Essa linha vai ser mais do que pontual nos nossos planos”, afirma o diretor de incorporação da empresa, Felipe Cunha, em entrevista exclusiva à coluna do Broadcast, no Estadão.
A empresa fundamenta a estratégia na valorização de bairros em transformação urbana. “Não existem mais terrenos grandes nas localizações centrais. Mas há bairros em mudança que oferecem áreas maiores, anteriormente ocupadas por indústrias”, explicou Cunha.
Lançamentos
O primeiro “Grand Vivaz” está na Penha, bairro da zona Leste de São Paulo. O empreendimento ficará próximo ao atacadista Assaí e à futura Estação Gabriela Mistral do Metrô. O complexo vai abrigar três condomínios, dez torres e 3 mil apartamentos, totalizando Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 800 milhões.
O lançamento inicial oferece 800 unidades com VGV de R$ 250 milhões. A Cyrela desenvolve o projeto em parceria com a incorporadora Magik LZ, de Ricardo Zylberman. O segundo empreendimento da linha tem lançamento previsto para novembro na zona sul.
As faixas 2 e 3 do MCMV (renda até R$ 4,7 mil e R$ 8,6 mil) concentrarão 85% das unidades, enquanto a faixa 4 (até R$ 12 mil) responderá por 15%. A Vivaz projeta R$ 3 bilhões em lançamentos para 2025, superando os R$ 1,8 bilhão de 2024.
*Com informações de Estadão