A Porte Engenharia e Urbanismo desenvolve o Eixo Platina, projeto audacioso na zona Leste de São Paulo, que cria um centro urbano em área de três quilômetros, paralela à Avenida Radial Leste, para mitigar problemas estruturais que existem por ali. A região concentra 38% da população de São Paulo (4 milhões de habitantes), mas apenas 8% dos empregos, proporcionalmente.
“Identificamos que não existia uma centralidade na região para que as forças políticas, econômicas e os trabalhadores pudessem se encontrar, e o Eixo pode ser esse centralizador”, disse Marco Antônio Melro, fundador da Porte, ao portal Metro Quadrado. Os moradores da região enfrentam em média três horas e quarenta minutos diários de deslocamento para o trabalho.
Localizada entre as estações Belém e Carrão do metrô, a primeira fase do Eixo Platina na zona Leste foi lançada em 2014, com seis empreendimentos e VGV (Volume Geral de Vendas) de R$ 3,88 bilhões. Quatro já foram entregues, incluindo o Platina 220, prédio misto de 172 metros – o mais alto da cidade, superando o Mirante do Vale por dois metros.
A segunda fase prevê ao menos seis novos projetos, comerciais e mistos. O ‘Praça Japi’ – empreendimento misto com VGV de R$ 320 milhões – é um deles e está em pré-lançamento. Outros três projetos aguardam na fila e a incorporadora negocia mais duas obras.
A vacância em edifícios A e A+ na zona Leste atinge 31,9% segundo a Binswanger, contra 10,2% na Faria Lima. Porém, os dois primeiros prédios do Eixo (25 mil m²) estão 100% locados. O terceiro, com 28 mil m², registra 50% de vacância dez meses após a entrega.
Entre os locatários destes edifícios comerciais estão Itaú (três andares do Crona 665), Sakura Alimentos e Keeta, marca de delivery da chinesa Meituan. “Ainda há uma visibilidade enorme nas zonas Oeste e Sul que faz com que as empresas acabem ficando por lá”, reconhece Melro.
Mesmo assim, a empresa planeja estender o Eixo para Leste e Oeste após a segunda fase, aproximando-os do Centro da cidade. A Porte Engenharia e Urbanismo também desenvolve projetos no entorno da futura estação Anália Franco do metrô.