Este episódio do Portas Entrevista, no vídeo acima, traz uma conversa inspiradora com Ricardo Abreu, fundador da Abreu Imóveis em Natal (RN). Ele compartilha como construiu uma carreira repleta de altos e baixos, inovação em marketing imobiliário e decisões ousadas — sempre mantendo a paixão pelo trabalho e pela família como guias principais.
O que você vai aprender neste episódio
- Como Ricardo Abreu transformou pequenos negócios em uma trajetória de referência no mercado imobiliário.
- O impacto da nova Lei do Inquilinato e da tecnologia na profissionalização das imobiliárias.
- Estratégias de gestão financeira para resistir às crises e manter o crescimento.
- Os erros que ensinaram mais do que os acertos na jornada empreendedora.
- Por que a inteligência artificial será importante, mas nunca substituirá o olho no olho.
As raízes de Ricardo: infância, valores e trabalho
Ricardo cresceu em uma rua criada pelo avô em Natal, cercado por primos e brincadeiras. Dessa vivência comunitária nasceu a importância do relacionamento próximo, algo que ele levou para o mercado.
“Meu pai sempre disse: não somos superdotados, temos que ralar. E eu gosto de trabalhar, de estar dentro da imobiliária.” — Ricardo Abreu
Esse exemplo paterno moldou sua ética: respeito, paixão pelo que faz e disciplina para manter o caixa saudável.
Do aluguel de boates à fundação da Abreu Imóveis
A jornada empreendedora começou cedo, organizando festas e produzindo camisas para campanhas políticas. Depois veio a franquia da Mister Pizza, lojas de automóveis e, finalmente, a criação da Abreu Imóveis nos anos 1980.
Ricardo inovou trazendo tecnologia e marketing usados em São Paulo e Rio para Natal. Ele foi pioneiro em informatizar processos, adotar softwares de gestão e apostar em stands decorados.
Gestão financeira e cultura de longo prazo
Um dos aprendizados centrais foi manter o controle do caixa e pensar além das crises.
“Pense em 100 anos. Qualquer problema de juros ou crise fica pequeno quando o objetivo é de longo prazo.” — Ricardo Abreu, lembrando conselho de Eli Horn
Notícias Relacionadas
Delegar funções, confiar na gestão familiar (sua esposa e filhas cuidam do financeiro) e manter foco na área comercial são escolhas que garantiram fôlego à empresa.
IPO, Brasil Brokers e a recompra da própria empresa
Em 2007, Abreu participou da Brasil Brokers e chegou a bater o sino da Bovespa. A experiência trouxe aprendizado, mas também cobranças intensas. Anos depois, recomprou a imobiliária por apenas R$ 1 — simbolizando que os clientes, a marca e a confiança valiam mais que ativos formais.
Visão de futuro: inteligência artificial e o “tapete mágico”
Para Ricardo, a IA será essencial na gestão, mas não substituirá o contato humano. Ele lembra que a preparação e a visita presencial continuam decisivas.
“Nada substitui o olho no olho, a visita, a gentileza da visita.” — Ricardo Abreu
Seu famoso “tapete mágico” ensina corretores a preparar o imóvel antes da chegada do cliente, transformando cuidado em diferencial competitivo.
Mini-FAQ com Ricardo Abreu
Vale a pena abrir capital (IPO) no setor imobiliário?
Segundo Ricardo, pode ser transformador, mas exige disciplina e preparo para a pressão de investidores e regras da bolsa.
Qual o maior erro de corretores iniciantes?
Ir despreparado para uma visita. Preparação é o segredo: conhecer o imóvel, abrir janelas, checar os mínimos detalhes.
Como evitar que uma imobiliária quebre?
Olhar para o caixa todos os dias. Quebra quem se alavanca mais do que pode pagar.
Destaques rápidos
- Ricardo Abreu já foi sócio da Cyrela e PDG, além de participar do IPO como parte da Brasil Brokers.
- Inovou no Nordeste trazendo práticas de São Paulo e Rio: stands decorados, softwares de gestão, marketing agressivo.
- Defende visão de 100 anos para superar crises e manter empresas resilientes.
- O “tapete mágico” simboliza preparação: corretores que se antecipam vendem mais.
O que aprendemos com este episódio
A trajetória de Ricardo Abreu mostra que trabalho, disciplina e inovação são pilares para construir um negócio duradouro no mercado imobiliário. Mais que tecnologia, o diferencial está em relacionamentos humanos e visão de longo prazo. O episódio é um convite para repensar como líderes e corretores podem se preparar para o futuro sem perder a essência do olho no olho.
Marina Galesso é editora de podcast do Portas. Formada em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo (USP) e atualmente cursando Jornalismo também na USP, integra o time de Comunicação da Loft. Produz o Portas Entrevista, podcast que traz conversas com líderes e expoentes do mercado imobiliário.
