
Os financiamentos imobiliários que utilizam recursos da poupança registraram em agosto queda de 37% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, totalizando R$ 11,6 bilhões. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Na comparação mensal, houve um recuo de 2,6% em relação a julho, mostrando um movimento de retração.
Em agosto, foram financiados 35,7 mil imóveis nas modalidades de aquisição e construção. Isso representa 33,2% menos financiamentos adquiridos em relação ao mesmo mês do ano passado.
Ainda de acordo com os dados da Abecip, no acumulado do ano, o total de imóveis financiados atingiu 283,4 mil unidades, o que representa diminuição de 20,3% em relação aos primeiros oito meses de 2024.
Entre janeiro e agosto deste ano, o volume financiado com recursos da poupança somou R$ 97,1 bilhões. Isso representa uma queda de 18% em relação ao mesmo período de 2024.
Desde 2021, a poupança vem perdendo depósitos depois de atingir o ápice em 2020, primeiro ano de pandemia. Os altos juros – Selic a 15% ao ano – são apontados como o principal entrave, já que menos pessoas mantêm o dinheiro na poupança – seja porque o custo de vida está alto, ou porque preferem aplicar em outros investimentos que dão maior retorno.
Além disso, o crédito para financiar um imóvel fica mais caro, o que também posterga a aquisição da casa própria.
*Com informações de Valor Econômico