
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,42% em setembro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador é usado para reajustar a maioria dos contratos de aluguel no Brasil.
O resultado representa aceleração em relação a agosto, quando o índice subiu 0,36%. Com a variação, o IGP-M acumula queda de 0,94% no ano e alta de 2,82% nos últimos 12 meses.
Com a alta do IGP-M, os contratos de aluguel atrelados ao índice com vencimento em outubro de 2025 terão reajuste de 2,82%. Na prática, inquilinos que pagam R$ 1.500 mensais, por exemplo, passarão a desembolsar R$ 1.542,30, um acréscimo de R$ 42,30.
Em setembro de 2024, o IGP-M havia subido 0,62% no mês, acumulando alta de 4,53% em 12 meses.
A alta do aluguel impacta o orçamento de boa parte das famílias brasileiras. De acordo com um levantamento feito pelo R7, com base em dados do Índice FipeZap, divulgado em junho deste ano, os brasileiros que recebem um salário mínimo precisam trabalhar em média 44 dias para pagar o aluguel.
Segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022, 20,9% dos brasileiros moram em residências alugadas.
Diferentes índices para reajuste
Após a pandemia de Covid-19, muitas negociações passaram a usar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, como indexador nos novos contratos.
O IGP-M considera variações de preços de bens, serviços e matérias-primas da produção agrícola, industrial e da construção civil. Já o IPCA calcula preços baseado em cesta de bens para famílias com renda até 40 salários mínimos.
*Com informações de R7