
A intenção de compra de imóveis no Brasil recuou para 33% no segundo trimestre de 2025, o menor patamar registrado na Pesquisa Raio-X FipeZAP desde meados de 2019. Os dados foram coletados entre 12 de julho e 3 de agosto com 730 entrevistados.
Entre aqueles que têm intenção de compra, 87% têm como objetivo a moradia. Quanto às preferências, 49% se mostraram indiferentes entre imóveis novos ou usados, 42% buscam usados e apenas 10% desejam exclusivamente imóveis novos.
Paralelamente, o número de compradores que efetivamente adquiriram imóveis nos últimos 12 meses apresentou discreto crescimento, passando de 12% para 13%. Ainda segundo a pesquisa, a preferência por imóveis usados se manteve majoritária, representando 71% das aquisições no trimestre.
Investidores mostram recuperação no mercado
A participação de investidores entre os compradores apresentou importante recuperação, saltando de 31% no primeiro trimestre para 43% no segundo trimestre de 2025. Entre esses investidores, a preferência por alugar o imóvel para obtenção de renda prevaleceu marginalmente (52%) sobre a intenção de revenda (48%).
A proporção de transações classificadas como investimento nos últimos 12 meses se recuperou ao longo do segundo trimestre, passando de 36% em março para 38% em junho. O interesse na exploração do aluguel recuou para 70%, após atingir 74% em fevereiro.
A pesquisa mostrou ainda que o percentual de transações com desconto cresceu na primeira metade de 2025, passando de 63% em dezembro de 2024 para 66% em junho de 2025. O desconto médio, por outro lado, se manteve estável em 10% entre as transações que apresentaram algum abatimento no valor originalmente anunciado.
Quanto às expectativas de preços para os próximos 12 meses, 42% dos que responderam à pesquisa projetam aumento nominal no valor dos imóveis. No mesmo período de 2024 eram 46%. A expectativa média foi revisada para alta nominal de 2,7%.
*Com informações de Rádio Guaíba e Money Times