
Dona de negócios imobiliários de luxo em São Paulo – Fasano, o Cidade Jardim e Fazenda Boa Vista -, a JHSF acertou a venda de um conjunto de imóveis avaliado em R$ 4,6 bilhões. O montante supera o valor de mercado da própria empresa na bolsa, que chegou a R$ 3,8 bilhões no fechamento desta terça-feira (16).
A transação será realizada por meio da constituição de um veículo de investimento pela JHSF, possivelmente um fundo imobiliário. Esta será a maior oferta deste tipo destinada ao setor da construção, segundo destacou a própria companhia em comunicado ao mercado.
O negócio já conta com acordo vinculante e garantia firme de colocação por bancos que vão oferecer o investimento aos clientes. Caso não haja demanda suficiente dos investidores, as instituições financeiras garantirão os R$ 4,6 bilhões, tornando a operação praticamente certa após superadas as condições precedentes.
O pacote inclui apartamentos do residencial Reserva Cidade Jardim, na Marginal Tietê; apartamentos do São Paulo Surf Club; lotes do Complexo Boa Vista, em Porto Feliz (SP); e lotes da Fazenda Santa Helena, em Bragança Paulista (SP). A venda abrange tanto imóveis prontos quanto aqueles que ainda serão construídos.
Segundo informações apuradas pelo Estadão/Broadcast, a oferta deve ser lançada oficialmente nas próximas semanas, e a expectativa é que seja concluída ainda neste ano.
Impacto na dívida da JHSF
A empresa fechou o segundo trimestre com dívida bruta de R$ 5,5 bilhões e uma dívida líquida (descontando os recursos em caixa e contas a receber) de R$ 1,6 bilhão, o que representa 1,8 vez o seu lucro operacional – um patamar moderado de alavancagem.
Com os recursos da operação (R$ 4,7 bilhões), a JHSF entrará em 2026 com mais dinheiro em caixa do que dívidas.
O montante ajudará a financiar projetos como o Boa Vista Village Town Center, centro comercial que reunirá grifes como Gucci e Chloé no Complexo Boa Vista, e o Shops Faria Lima, centro com restaurantes, cinema, academia e lojas na esquina da Avenida Brigadeiro Faria Lima com a Rua Leopoldo Couto Magalhães.
*Com informações de Estadão