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mercado imobiliário com juros altos
Imgem: bo feng/iStock

A imprensa trouxe nos últimos dias reportagens diversas que nos ajudam a entender bem o atual contexto macroeconômico e como ele afeta diretamente o mercado imobiliário. Uma das principais delas é a entrevista realizada pelo Estadão com o empresário mineiro Rubens Menin, fundador da maior construtora residencial brasileira, a MRV.

A visão de Menin vai ainda além do nosso segmento, visto que hoje ele é considerado como um dos mais influentes empresários brasileiros, diz o jornal. Isto porque seus negócios contam com marcas reluzentes também em outros setores, como Banco Inter e a CNN Brasil. Além de ser o maior acionista da SAF do Atlético Mineiro, seu time de coração.

O bilionário chama a atenção para as consequências que a manutenção da taxa Selic na estratosfera deverá causar nos próximos 2 ou 3 anos. Ele entende que esta situação reprime demais os investimentos. E que a sociedade precisa se unir para apoiar uma política de redução dos juros da mesma forma que ocorreu com a inflação nos anos 1990.

O empresário apontou aspectos positivos no atual conjunto de fontes de financiamento de imóveis no Brasil. Como o bom funcionamento do FGTS e a estrutura dos FIIs. Assim como a extensão do Programa MCMV (Minha Casa Minha Vida) para a classe média. Porém, na visão dele, todos esses recursos são atravancados pelo alto custo do dinheiro.

Mesmo assim, mais uma vez, o mercado imobiliário dá uma forte demonstração de resiliência. Visto que apesar dos juros nas alturas, o preço dos imóveis para venda no país continua se valorizando. E a taxa de retorno do investimento em aluguel, nem se fala.

É o que mostram outras duas matérias presentes no noticiário desta semana. De acordo com texto publicado pelo Infomoney, o Índice Fipe Zap mostrou uma manutenção da alta dos preços em agosto em todo o país. A média dos valores subiu mais 0,50% no mês, enquanto o IGP-M da FGV aumentou bem menos – 0,36% – e o IPCA-15 recuou 0,14%.

Já reportagem da Exame mostra o ranking das cidades com maior retorno de aluguel do país. Santos é a líder do ranking, com rentabilidade no aluguel residencial de 8,73% – um tremendo ganho em relação à inflação – isso sem contar a valorização do imóvel.

Interessante notar que as cidades “lanternas” desse ranking, Curitiba e Vitória, estiveram no topo de rentabilidade medida recentemente. O que indica que neste mês provavelmente houve algum ajuste.

O fato é que tanto na compra e venda quanto no aluguel, apesar dos juros altos, o mercado imobiliário segue aquecido. Mas este cenário, de sinais trocados, exige mais atenção para identificar onde estão as oportunidades. Quais são os tipos de apartamentos, quais bairros, qual a precificação adequada são desafios ainda maiores em situações como esta. Porque não se trata de um aquecimento generalizado.

O papel do especialista – do corretor de imóveis – munido das informações mais atualizadas e das melhores ferramentas tecnológicas para responder essas perguntas – é decisivo para decifrar os diferentes comportamentos dos clientes nestas condições específicas.