
O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) representa quase 60% dos lançamentos imobiliários em São Paulo e mais da metade das vendas na capital, segundo levantamento da Brain Inteligência Estratégica.
No segundo trimestre de 2025, os lançamentos do programa cresceram 11,7%, totalizando 17.911 unidades. O Valor Geral de Vendas (VGV) atingiu R$ 5,1 bilhões, ante R$ 4,2 bilhões no mesmo período de 2024.
Segundo o levantamento, as vendas aceleraram ainda mais: 19.354 unidades comercializadas entre abril e junho, alta de 74% na comparação anual. “O interesse por esse tipo de imóvel sempre existiu. O que mudou foi a capacidade das construtoras de atender esse público”, afirma Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain.
Os dados deixam claro que o programa habitacional do governo federal tem se mostrado mais resistente aos juros altos e à redução de financiamento para construtoras do que os demais segmentos do mercado.
O estudo da Brain aponta também que o desempenho positivo do MCMV é resultado de três fatores principais: a política habitacional municipal que incentiva o programa há quase dez anos, a mudança nos preços feita pelo governo em julho de 2023 e o aumento dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Os recursos do FGTS direcionados ao programa saltaram de R$ 50-55 bilhões até 2022 para R$ 130 bilhões atualmente, segundo Araújo.
A região de Santo Amaro, na zona Sul da cidade, liderou a valorização do preço por metro quadrado no último ano, em relação ao MCMV, com aumento de 36,9% entre junho de 2024 e junho de 2025.
*Com informações de Folha de S.Paulo