
O Rio Grande do Sul ocupa cinco das 10 posições no ranking de cidades que mais constroem imóveis econômicos na Região Sul do país, segundo dados da Brain Inteligência Estratégica, relativos ao 1º semestre. Canoas lidera entre as gaúchas com 1.274 apartamentos lançados, assumindo o 2º lugar no ranking, seguida por Porto Alegre, com 1.131 unidades, ficando em 3º lugar.
Pelotas aparece em 7ª colocação no ranking geral, com 580 imóveis no período, seguida por São Leopoldo, com 575 apartamentos, na 8º posição. A cidade de Novo Hamburgo vem logo depois, em 9º lugar, com 539 unidades.
A presença gaúcha abrange Capital, Região Metropolitana, sul do Estado e Vale do Sinos, em uma distribuição geográfica bem diversificada.
O ranking nacional é liderado por Londrina, no Paraná, com 2.323 unidades no segmento econômico.
Minha Casa Minha Vida impulsiona setor
O levantamento mostrou que o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) financia mais de um terço dos imóveis econômicos da Região Sul.
No Rio Grande do Sul, o programa habitacional do governo federal responde por 24% das unidades disponíveis para venda, representando a maior fatia do mercado imobiliário gaúcho.
Em maio, o governo federal ampliou o MCMV, criando nova faixa para famílias com renda até R$ 12 mil e elevando para R$ 500 mil o teto dos imóveis financiáveis pelo programa.
O presidente Lula planeja o “maior programa habitacional da história” voltado à classe média. O anúncio, no entanto, aguarda acerto entre Ministério das Cidades, Banco Central e Caixa Econômica Federal.
Desafios e perspectivas do setor
O custo do terreno permanece como principal desafio para imóveis mais baratos, de acordo com a Brain. Na capital gaúcha, Porto Alegre, as opções concentram-se em regiões periféricas, levando construtoras a buscar municípios do entorno metropolitano.
Segundo a colunista do Zero Hora, Giane Guerra, a distribuição das cidades gaúchas no ranking de localidades com mais imóveis econômicos reflete a estratégia de interiorização do mercado imobiliário neste segmento. Assim, o setor aproveita os custos menores e a demanda reprimida fora da capital para tocar seus empreendimentos.
*Com informações de GZH