
A Rua Frederic Chopin, no coração dos Jardins, na zona Oeste de São Paulo, registra os imóveis mais caros de São Paulo, com apartamentos vendidos por média de R$ 36,9 milhões. É o que aponta um levantamento da Loft baseado em dados do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), publicado pelo Estadão.
A rua com muros altos, guaritas de segurança, poucos prédios e sem estabelecimentos comerciais tem apenas sete prédios, cinco desenvolvidos pela construtora São José.
O destaque é o St. Paul, edifício de luxo com 26 unidades de 744 m² a 865 m² e 12 vagas por apartamento. A cobertura duplex de 1.413 m² que pertencia ao apresentador Faustão foi negociada este ano por R$ 120 milhões. Com quadra de tênis, piscina climatizada e academia, o condomínio tem taxa média de R$ 15 mil mensais.
“Essa não é uma rua de passagem. Só é frequentada por quem mora”, afirma Lucas Melo, diretor executivo da MBRAS. “Há uma brincadeira no mercado de que esta é a rua com mais seguranças por metro quadrado de São Paulo, tanto dos prédios quanto dos moradores.”
A Rua Seridó ocupa a segunda posição com preço médio de R$ 32,8 milhões e apartamentos de 908 m² em média. Abriga o icônico Seridó 106, construído pela São José em parceria com a Yuny Incorporadora em 2012, com 128 unidades de 405 m² a 930 m² custando cerca de R$ 30 milhões.
“A região dos Jardins concentra parte dos endereços mais exclusivos da cidade, com imóveis amplos e de altíssimo padrão. São áreas que mantêm liquidez mesmo em cenários de mercado mais desafiadores”, diz Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
As 20 ruas mais caras da cidade
Das 20 ruas mais caras, sete estão no Jardim Europa e uma no Jardim Paulistano, ambos bairros da zona Oeste. “Estão todas ao redor do principal polo financeiro e de tecnologia da cidade, que é a região da Faria Lima”, analisa Takahashi.
O Índice FipeZAP aponta o Itaim Bibi, za zona Sul, ainda aparece com metro quadrado mais caro: R$ 19,31 mil, seguido por Pinheiros (R$ 18,24 mil) e Jardins (R$ 16,74 mil).
“A ocupação nessas ruas é de quase 100% e a baixa disponibilidade de terrenos dificulta o lançamento de novos produtos”, diz Cyro Naufel, diretor do Grupo Lopes.
*Com informações de Estadão