mercado imobiliário comercial
Imagem: dabldy/iStock

Parte dos investidores estrangeiros estão deixando o mercado imobiliário brasileiro. A boa notícia é que o movimento abre boas oportunidades de preços em imóveis comerciais, segundo Adriano Sartori, CEO da CBRE (Coldwell Banker Richard Ellis) no país, durante evento da SPX (São Paulo Exchange).

Segundo o executivo, os investidores que estão deixando o setor são aqueles com vínculos mais frágeis com o Brasil, que preferem alocar recursos em outras regiões.
“Estamos disputando globalmente os investimentos. Antes falávamos para o investidor fazer um greenfield com uma TIR (Taxa Interna de Retorno) de 25% aqui, mas hoje é possível fazer isso em dólar nos Estados Unidos”, disse Sartori.
“Mas existem imóveis de logística, e, principalmente, de escritórios e hotéis à venda que provavelmente estão abaixo do custo de reposição”, complementou.

Imóveis comerciais com preços atrativos

Em lajes corporativas, a taxa de absorção está subindo e a vacância na Faria Lima desceu ao patamar dos 5% a 6%, o mais baixo das últimas décadas. Segundo Adriano Sartori, “as empresas estão voltando e tem muita companhia contratando, com os trabalhadores ainda de casa, porque não tem onde colocar”.

No setor de logística, a vacância também está abaixo de um dígito nas principais praças do país. O segmento deve bater recorde de absorção neste ano, com 6 milhões de metros quadrados, ultrapassando os níveis da pandemia.

Seguindo o mesmo movimento, o mercado hoteleiro já supera os níveis pré-pandêmicos. Reflexo também de eventos corporativos em alta: a taxa de ocupação bate os 67%.

Fundos imobiliários compensam saída de estrangeiros

A expansão dos fundos imobiliários no Brasil também tem compensado parte da saída dos estrangeiros. O volume de negócios já concretizados é de R$ 16 bilhões em 2025, com cerca de R$ 14 bilhões em diligência. As cifras somam R$ 30 bilhões e podem superar os R$ 28 bilhões de 2024.

“60% a 70% desse volume é alocado em fundos imobiliários, e family offices também voltaram a olhar o mercado”, disse Sartori.

Segundo o executivo, os investidores estrangeiros mais experientes permaneceram no Brasil e enxergam hoje um cenário melhor com a queda de juros projetada para 2026, o que pode atrair novamente capital internacional.
“Se tivermos uma mudança do cenário, vai faltar prédio, vai faltar galpão e há uma seca de entregas no mercado de hotelaria também”, completou o CEO da CBRE.

Com informações de Metro Quadrado

Marcela Guimaraes
Marcela Guimarães

editora/redatora

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)

Jornalista colaboradora responsável pelo resumo do noticiário do dia. Tem 28 anos de experiência com atuação como repórter/editora (Estadão Broadcast, revistas piauí e GQ, rádio CBN e Portal Loft), além de atuar como editora-executiva/editora-chefe no SBT News e Curto News. Também foi apresentadora de TV (RIT), além de atuar como podcaster (Veja, Wired, Estadão Blue Studio)