
As vendas de imóveis residenciais no Brasil subiram 9,6% no primeiro semestre de 2025, totalizando 206,9 mil unidades, enquanto os lançamentos cresceram 6,8%, atingindo 186,5 mil moradias. Os dados foram divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com base em pesquisa realizada em 221 cidades brasileiras.
O resultado marca um recorde de lançamentos no primeiro semestre desde o início do levantamento em 2006. O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foi o principal impulsionador do crescimento, com comercializações saltando 25,8% no período e lançamentos subindo 7,8%.
Em abril, o MCMV ganhou novos parâmetros de renda e uma faixa adicional voltada para famílias com renda mensal de até R$ 12 mil, o que deve continuar dando suporte ao setor imobiliário.
Segundo trimestre apresenta cenário misto
No segundo trimestre isoladamente, os lançamentos do MCMV caíram 15,5% ante o mesmo período de 2024, ficando em 44,2 mil unidades, enquanto as vendas cresceram 11,9%, chegando a 46,9 mil moradias. O programa representou 47% dos lançamentos totais do mercado no período.
Segundo a CBIC, a queda nos lançamentos pode ser atribuída à falta de recursos orçamentários em junho e julho, situação já corrigida com a ampliação do orçamento.
“Com as vendas de imóveis crescendo mais que os lançamentos, a oferta final de imóveis novos que estavam disponíveis para comercialização caiu 4,1% entre junho de 2024 e junho de 2025, num total de 290 mil”, informou a CBIC. “Isso representa a menor taxa de escoamento da oferta já registrada no indicador nacional, com 8,2 meses sendo necessários para que todos esses imóveis se esgotem”, complementou a instituição.
Ainda em relação ao MCMV, os dados do segundo trimestre mostraram que o tempo necessário para esgotar todos os imóveis disponíveis é de 8,2 meses, representando a menor taxa de escoamento da oferta já registrada no indicador nacional.
O presidente da CBIC, Renato Correia, defendeu o início de conversas para revisão dos parâmetros do MCMV. “Já tem dois anos desde a última alteração do Minha Casa Minha Vida. Seria interessante alinhar os novos parâmetros”, defendeu, lembrando que a demora para implantar ajustes no ciclo anterior, em 2023, geraram alguns gargalos para contratação.
*Com informações de InfoMoney e Diário do Comércio/Estadão Conteúdo